Incertezas sobre a data de ordenação. O Sr. Le
Prevost fica contrariado. Notícias dos seminaristas de férias.
Chaville,
27 de agosto de 1866
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Estou
atualmente muito desnorteado a seu respeito. Perdi seus rastros e ignoro
absolutamente onde está. Ignoro também como estão seus negócios concernentes à
ordenação. Dizem-me, segundo algumas palavras escritas pelo Sr. Chaverot, que o
momento seria talvez antecipado, se fosse realizada em Autun. Tem, a esse
respeito, algum indício um pouco preciso? Quanto a mim, não recebi nenhuma
informação.
Espero
que sua saúde se tenha firmado. O Sr. Chaverot, que me escreve de Saint
Étienne, parece certo de que sim. Diga-me algumas palavras que mudem essa
esperança em certeza.
Estou
de volta de minha pequena viagem desde o dia 23 deste mês, e fico um tempo
aqui, um tempo em Vaugirard, segundo pede a necessidade. Nossos jovens
seminaristas estão sempre felizes com seu descanso de férias. Os Srs. Victor
[Trousseau] e Urbain [Baumert] estão entre eles, mas seu tempo de estada aqui
está no fim. O Sr. Victor virá novamente pelo dia 15 de setembro, se o Sr.
Laroche, que está instalado em Baraques (é o nome da localidade)383,
na beira do mar, não puder chamá-lo para perto de si.
O
jovem Boiry parece desanimado, duvida de sua vocação e está se questionando
sobre o que lhe pode dar o futuro. Mando-o ao Sr. Pinaud, em Issy, para
esclarecer-se perto dele. Essa pequena alma é pouco vigorosa, não sei como
sairá dessa provação. Os amparos exteriores são bem insuficientes, é preciso
que o Espírito de Deus resida na alma e lhe dê o sopro de força e de vida.
O
Sr. Chaverot estará de volta em Arras no dia 10 de setembro, o mais tardar.
Tinha resolvido passar aqui alguns dias, do dia 6 ao dia 9, mas acho que não
poderá resistir aos pedidos insistentes de sua família e terá de sacrificar
Chaville em proveito de Saint Étienne. Sua boa mãe me escreveu uma carta, ao
mesmo tempo lamentosa e suplicante, para pedir que lhe fosse deixado mais
descanso e que suas férias não fossem transformadas em trabalho. Respondi
da melhor forma. A natureza quer sua parte, o sentimento grita, o corpo tem
suas exigências. Quando todos estão satisfeitos, o que sobra para o bom Deus?
Demos-lhe ao menos tudo o que fica desimpedido, nossa indolência está disposta
demais a se apoderar disso.
Acabo
agora, meu caríssimo amigo, para escrever algumas palavras ao Sr. Chaverot, em
resposta à sua última carta. Escreva-me logo que puder. Todo o mundo, aqui,
estará feliz em revê-lo, mas só passará entre nós se sua ordenação for tardia.
Deixemos agir o bom Mestre, obedeçamos-lhe com amor e submissão bem filial: sicut
in coelo et in terra.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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