Diversas notícias das obras e dos irmãos. O Sr.
Le Prevost não pode expandir-se mais tempo.
Vaugirard,
6 de setembro de 1866
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Sua
procuração, cujo envio anunciei ao Sr. Victor [Trousseau], lhe será transmitida
somente amanhã, por ter sofrido alguns atrasos pelas formalidades da
legalização. Tudo está em ordem, ela sairá amanhã.
Não
acho que haja motivo suficiente para fazer uma viagem para cá, com a
necessidade para você de retornar a Autun no momento da ordenação. Seria
cansaço e despesa que é preciso evitar, o cansaço sobretudo. Seria bom se,
tendo visto sua cara família à vontade, você pudesse não demorar muito para
voltar, depois da ordenação (o descanso necessário, se está cansado,
sendo reservado, nem precisa falar). Sua presença em Arras será muito desejada e
ainda terei de conversar com você antes de sua ida para lá. Verá o que as
circunstâncias comportarão e fará o melhor possível.
Repreendi
o Sr. Henry [Piquet] esta manhã, que, na pressa de seus afazeres, deixou de lhe
mandar um esboço para o pequeno relicário. É esquecimento involuntário, você o
perdoará. Disse-lhe que, agora, era tarde demais. Você o escusará das
contrariedades que esses modos vagarosos puderam lhe causar, sabe que ele tem
muita simpatia e boa vontade para você.
Aguardo
o Sr. Chaverot em breve.
Espero que esteja bem descansado, embora suas férias tenham
sido um pouco movimentadas, mas, com a saúde, essa atividade faz um bom
contrapeso à vida fechada do seminário.
Nosso
retiro aqui começará no dia 23 de setembro à noite. Verá, portanto, nossos
irmãos um pouco reunidos. O retiro será dado pelo R.P. Bazin, um dos
Padres mais eminentes da rua de Sèvres. Nós o desejávamos muito, porque nos
edificou muito nos precedentes exercícios que já dirigiu em nossa casa. O retiro
não impedirá que o veja, porque o R.P. Bazin ocupará bastante sua gente para
que eu tenha mais liberdade do que nos retiros um pouco frios e sem energia.
Desse retiro, você mesmo pegará somente o que for bom para sua situação e para
o que tem que fazer.
Nosso
jovem Boiry pediu para passar um ano como irmão leigo, disposto a ficar assim,
se não se achar inspirado e aconselhado, no fim dessa tentativa, para retomar
seus cursos para o seminário. Ele está em Vaugirard, sacristão, vigilante etc.
e parece feliz e cheio de esperança. O movimento parece ter-lhe sido necessário
e recolocá-lo em
equilíbrio. Deus seja bendito, a Ele pertence colocar seus
servos onde e como os quer.
Dois
jovens perseverantes latinistas irão nestes dias a Chaville: um, de Metz
[Philippe Juckem], o outro, de Arras [Leon Escuté]. O Sr. Risse traz o
primeiro, o Sr. Victor trará o de Arras, se o Sr. Laroche não puder tomá-lo (o
Sr. Victor) consigo na beira do mar.
Um
jovem [Oscar Rinquet], que parece bastante bom, faz sua experiência em Vaugirard
há dois dias.
Se
o estilo desconexo e breve lhe convém, você está servido aqui à medida de seus
desejos. Se não escrevo às pressas, não posso escrever nada absolutamente neste
período, devido a muita correspondência. Você bem saberá, sob a rudeza forçada,
achar a terna afeição e a confiante abertura do Pai e do amigo. Quando as
pessoas se entendem, toda língua é boa, mesmo o silêncio, que é uma língua
também e que o coração entende.
Adeus,
caríssimo amigo, mil afeições de todos os nossos irmãos, você se unirá a nós na
amável festa da Natividade. Estaremos com você na tocante solenidade de sua
ordenação.
Seu
amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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