Renovação dos votos. Evitar a presença habitual
de estranhos à mesa. O Sr. Le Prevost lhe anuncia o martírio, na Coréia, de
Just de Brétenières, primo do Sr. de Varax.
Vaugirard,
12 de setembro de 1866
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Acabo
de conversar com o Sr. Lantiez sobre os diversos pontos sobre os quais o Sr.
Victor [Trousseau] e você nos falam. Eis o que pensamos, salvo opinião melhor.
No que diz respeito à sua volta aqui para pronunciar seus votos, se é o único
obstáculo a impedir que o Sr. Trousseau possa vir para tomar um novo descanso
aqui ou em Chaville (e foi assim que entendemos), nada seria mais fácil do que
tirar a dificuldade. Você renovaria seus votos em particular depois de sua
volta aqui. Eu diria a Santa Missa em Nossa Senhora da Salete e, na presença de nossos
irmãos reunidos, você faria a renovação de seus votos.
Pensamos
como você que a presença de uma criança à sua mesa, e também a do jovem que
querem lhe confiar e até a dos professores, pode ser incômoda para vocês.
Parece-nos que a vinda de todos esses jovens de fora pode ser uma ocasião para
vocês de lhes fazer uma mesa à parte, que seria presidida por um dos
professores. Não haveria duas cozinhas a preparar, mas somente os alimentos a
repartir para as duas mesas. Assim, recuperariam mais liberdade. Os professores
seriam informados de que, na previsão em que se está de poder aumentar o número
desses pensionistas ou semi-internos, se julgou melhor fazer-lhes uma mesa
particular presidida por eles. O Sr. Lantiez acha que fariam bem em começar
logo, enquanto ainda há um só professor presente, para que o outro, encontrando
na sua chegada a coisa estabelecida, se conforme mais facilmente. Pode ser que,
na execução, esse meio encontre dificuldades, mas o Sr. Lantiez e eu não as
pressentimos.
Deve
ter recebido a procuração que pude obter somente após sua saída e que enviei
algumas horas depois que tinha deixado Paris.
Estou
recebendo uma carta do Sr. de Varax, feliz e emocionado porém, pelo martírio de
seu primo, Sr. Just de Brétenières, decapitado em março último com seus dois
Bispos e seis outros missionários, na Coréia. Estamos aqui sob a mesma
impressão, glorificando a Deus de pleno coração, mas com certo grito da
natureza que rejeita o rompimento de tão nobre e tão bela existência. A alegria
da fé domina, no entanto, o sentimento natural. O santo jovem que oferecia sua vida
tão generosamente não estaria satisfeito se não partilhássemos sua felicidade.
O
Sr. de Varax se acusa de não lhe ter escrito. Está preparando seu exame e o
retiro que deve dispô-lo para o diaconato. Teve que ir também a Dijon, perto da
família de Bretenières. Vai trazer alguns livros a Arras, notadamente uma
teologia de Libermann, que acha poder ser muito útil ao Sr. Victor.
Adeus,
caríssimo amigo e filho em
N.S. Todos poupem-se, na medida em que os recursos de sua
posição o permitam. Acompanhamo-los com o olhar com uma terna afeição.
Abraçamo-los de coração em Jesus e Maria.
Le Prevost
Tem
notícias do Sr. Laroche? Estranhamos aqui não recebermos algumas palavras dele,
que nos mantenham a par de sua posição e de tudo o que lhe interessa.
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