O martírio de seu
primo missionário. Para o Sr. Le Prevost, foi a caridade que acendera nele a
sede desse sacrifício. “Sejamos mártires também no caminho em que o Senhor nos
colocou”. Diligências para a ordenação ao diaconato. Dificuldade dos movimentos
de pessoal.
Vaugirard,
13 de setembro de 1866
Meu
excelente amigo e filho em N.S.,
Não
tinha aguardado a recepção de sua carta para me alegrar no Senhor pelo grande
favor que fez a seu caro e venerado primo, o Sr. de Brétenières, dando-lhe uma
alma de mártir e dando-lhe também a ocasião de saciar essa sede de sacrifício
que a caridade acendera nele. Acrescentarei sem acanhamento, porque o próprio
Senhor não desaprova essa volta do sentimento natural, que tive quase tanto
despedaçar do coração quanta alegria ao ver no jornal o anúncio formal desse
grande evento. O Sr. Lemée, ex-secretário de Monsenhor Morlot, hoje missionário
na Cochinchina, transmitiu também a notícia ao Arcebispado de Paris. Espero,
como você, uma nova abundância de graças para sua família e até para aqueles
que o bem-aventurado mártir amou, para nós em particular, que honrou com uma tão
amável benevolência. Sejamos mártires também no caminho em que o Senhor nos
colocou, senão por uma imolação consumada em um dia, ao menos pelo dom sempre
repetido de nós mesmos, em nossos corações como em nossas ações.
Fico
feliz pelo que me diz sobre os admiráveis sentimentos da família de seu caro
primo. Um pai e uma mãe à altura de um tal sacrifício, eis aí uma dessas
façanhas que encantam o Coração de Jesus. É a cena do Calvário renovada: Maria
com o gládio de dor.
O
Sr. Audrin não terá esquecido a comovente circunstância que você lembra.
Repito-lhe,
caríssimo amigo, que será muito desejável, a não ser por impossibilidade ou
dificuldade séria, voltar para junto de nós logo que estiver livre depois
da ordenação. Gostaria, como descanso para você e como meio de nos entendermos,
que fizesse uma pequena paragem aqui, antes de ir a Arras, e sabe como o Sr.
Chaverot, que o está substituindo ali, estará com pressa de voltar para a
reabertura de Saint Sulpice. O trem será o melhor.
O
Sr. Thibault estará em Autun para seu diaconato, como tínhamos esperado?
Ficaria muito satisfeito. Seria muito difícil um de nos ir a Autun nesse
momento. Seria para mim um pesar, se ninguém dos que o cercam aqui estivesse
perto de você nessa tão interessante solenidade. Você tinha contado com um de
nós? Seria difícil, no momento de começar o retiro sobretudo. Para a ordenação
de Arras, já verificamos que, apesar da solenidade do Natal, um ou outro de nós
poderá estar presente.
Estou
contrito pelo endereço errado, isso é muito parecido com falta de jeito, de
minha última carta. Não estava dormindo, mas escrevia precipitadamente. Pena
que não me tenha lembrado da palavra sensata de um de nossos amigos: Vou
devagar porque estou com pressa. Você me julgou mais maldoso ou mais
espirituoso que precisava, no que concerne às longas histórias. Você não se
encaixou no meu sentido, mas ao lado.
Agradeço
o Sr. Caval por suas comoventes e lindas palavras, são elas muito dignas de um
Superior de Saint Sulpice. O bom Deus, em sua misericórdia, já as tinha dito
para você no fundo do coração.
Vamos
fazer, contra nosso desejo, algumas mudanças no pessoal de nossas obras. O Sr.
Decaux nos pede insistentemente o Sr. Charrin384 em Sainte Anne. Talvez
vamos dar o Sr. Emile [Beauvais] a Metz. Tudo isso ainda está indefinido e
secreto. Não gosto das mudanças e, no entanto, em todos os nossos retiros, há
algumas inevitáveis. No céu, avançaremos, mas sem mudança, nosso espírito
avançará sempre em Deus; os avanços da terra não são tão suaves.
Adeus,
caro filho, estarei, estaremos felizes por revê-lo. Que ausência! Quase 3
meses. Ela prepara outra. Decididamente, não é neste mundo que estão as boas
medidas.
Abraço-o
ternamente em Jesus e Maria.
Seu
amigo e Pai todo afeiçoado
Le Prevost
Ofereça
meus sentimentos de respeito e de profunda simpatia à sua querida família.
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