Inquietude do Sr. Le Prevost a respeito da
sobrecarga imposta aos irmãos de Amiens. Orações e comunhões pela Igreja e pelo
Papa.
Vaugirard,
4 de dezembro de 1866
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
O
Sr. Lantiez, de volta de Amiens, nos disse que, pelo aumento dos serviços em
sua casa, ia tornar-se difícil para seus irmãos darem conta, e, sobretudo, não
teriam possibilidade alguma de acompanhar seus exercícios em comum e com
regularidade. Se a necessidade é real e se é preciso provê-la, teríamos de
examinar como poderia ser efetuado. Se se tratasse somente de serviços
puramente materiais, talvez um empregado bem escolhido (o que não é coisa
fácil) pudesse desembaraçá-lo. Mas o Sr. Lantiez acha que esse meio não
bastaria para tudo. Não vejo, à primeira vista, que recurso teríamos aqui para
ajudá-lo. Mas, antes de tudo, gostaria de ter seu parecer sobre essa
necessidade e sobre os serviços que sobreviriam àquele que seria designado para
chegar junto a você. Peço-lhe, meu bom amigo, para me escrever a esse respeito.
O Sr. Lantiez deve, provavelmente, ir a Arras na semana que vem; se nos disser
até lá o que está para ser feito, veremos quais são nossos meios. São
certamente dos mais restritos.
O
pai de nosso irmão Emile [Beauvais] me escreve que estranha não ter tido
notícias dele há bastante tempo. Peça-lhe para escrever logo que puder, para
que esse bom pai não se inquiete.
O
Sr. Emile acostuma-se em Amiens e toma posição para o bem de suas obras e da
Comunidade? Convide-o a nos escrever também, como lhe havia pedido.
Nada
de notável aqui. Rezamos muito pela Igreja e pelo Santo Padre. Todos os dias
alguns irmãos são designados para comungar nessa intenção.
Fazemos
também a novena preparatória à Imaculada Conceição.
Adeus,
meu caríssimo amigo, assegure todos os nossos irmãos de nossos ternos
sentimentos e acredite, você mesmo, em meu velho e afetuoso devotamento.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
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