Pêsames. Orações e missas às intenções pedidas.
Vaugirard,
24 de dezembro de 1866
Senhora
Condessa,
A
véspera da festa do Natal me deixa bem poucos instantes livres. Capto um às
pressas, no entanto, para responder aos pontos mais urgentes da carta que me
fez a honra de me escrever.
Não
preciso dizer que tomei uma grande e viva parte na dor de sua família por
ocasião da perda que acaba de fazer, na pessoa do Sr. Conde d’Houdetot [Marquês
Edmond de Houdetot]. Tudo o que me tinha dito sobre ele me tinha inspirado por
ele uma estima bem elevada, e seus longos sofrimentos apelavam também para uma
viva simpatia. Entro particularmente também na dor da Sra. d’Houdetot, tão
piedosa, tão dedicada. Deus, que sabe melhor do que nós o que nos convém, ouviu
com certeza suas orações repletas de fé e de confiança, mas deu ao pobre mártir
o descanso do Céu em vez da saúde na terra. É mais do que se pedia para a hora
presente. Submetamo-nos a seus desígnios de misericórdia, embora o coração
esteja cortado e se sinta quebrado.
Penso
fielmente em todas as suas intenções, Senhora, e nesta última em particular, e
na que lhe causa tanta inquietude assim como a todos os seus. Rezemos sempre,
nunca a oração cristã e cordial cai no chão. Celebraremos duas missas por
semana, na terça e na quinta-feira, durante um ano, independentemente das
outras já pedidas pela Sra. d’Houdetot uma vez por semana, celebro uma, um de
nossos Srs. celebra as duas outras.
Queira,
Senhora Condessa, oferecer todos os meus sentimentos de profunda condolência à
Sra. d’Houdetot e a toda sua querida família, e aceite, você mesma, todo o meu
muito respeitoso devotamento em N.S.
Le Prevost