Reerguer e
encorajar o irmão Trousseau, abatido por diversas provações.
25 de
janeiro de 1867
Caríssimo
amigo e filho em N.S.,
Mando-lhe
em anexo algumas palavras de carta para o Sr. Trousseau. Espero que o consolem
e lhe devolvam confiança.
Acho
que ele não tem bastante sangue-frio e calma no momento das provações de saúde
ou outras, para que se deva fazer-lhe nessa hora muitas observações. É preciso
consolá-lo, reerguê-lo e aguardar momentos melhores para esclarecê-lo. Observei
muitas vezes que se volta, aliás, para dentro de si e reconhece em seguida o
que há de errado nas suas impaciências e nas perturbações em que o jogam. É
impressionável e pouco forte ainda contra as provações, mas, já que Deus o
cultiva assim, há bons motivos a esperar para o futuro. Não é sem virtude, nem
sem desejo sincero da glória de Deus. Tenhamos confiança e paciência também nós
mesmos. Não vejo razões para interromper seus estudos, por pouco que tenha
força e vontade para sustentá-los. Parece-me que, a esse respeito, temos de
deixá-lo fazer o que tiver capacidade de fazer.
Adeus,
meu caríssimo filho. Todos aqui rezamos por seu caro irmão, por sua boa mãe e
por toda sua família. Vou lhe mandar 100f através do Sr. Charrin.
Seu
amigo e Pai
Le Prevost
P.S.
Com os fundos vindos de Lyon, fiz o uso que você desejava: 1000f para o Noviciado, 1000f para os Jovens
Operários de Nazareth, muito embaraçados para terminar sua fundação. O resto
serve para as remessas que lhe fiz.
Talvez
seja bom fechar a carta para o Sr. Trousseau após tê-la lido.
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