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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1101 - 1200 (1867)
    • 1195 - ao Sr. de Varax
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1195 - ao Sr. de Varax

Organização da casa de Arras. Cada obra deve viver com os recursos encontrados na região. Necessidade do silêncio. Qualidade da vocação do irmão Charrin. Um acidente na oficina de cinzeladura.

 

Vaugirard, 8 de abril de 1867

 

Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,

Vou, como deseja, mandar-lhe 200f, importância do segundo trimestre de sua pequena pensão.

Para as obrigações ou inscrições de Séville, se não se vendem, não se deve atribuir isso a algum ato de descuido. Ninguém tem algum motivo de se censurar a esse respeito, o agente de câmbio não mais do que os demais, embora essas ações estejam entre suas mãos há várias semanas. Esses tipos de valores, nulos em produtos presentemente e dando apenas um direito muito eventual para o futuro, se acham cotados muito em baixo na Bolsa e são tão pouco pedidos que precisa, muitas vezes, aguardar muito tempo para encontrar alguma chance de se desfazer deles.

Não me explico bem a idéia que teria de aplicar 400f, sobre os 500 que espera de sua boa mãe, na caixa de poupança do patronato. Parece-me que já é o bastante que a Comunidade, em Arras, tenha que prover em boa parte à sua própria subsistência, sem que tenhamos que fornecer ainda para os cargos do patronato, seja por nós mesmos, seja pelos fundos que nos chegam de nossas famílias; a não ser que nossos parentes, expressamente e por eles mesmos, entendam que seus donativos tenham essa destinação. O Sr. Lantiez me diz que era bem combinado com você que não aceitaríamos para nós nenhuma das dívidas do patronato, e que teríamos o cuidado de fazê-las reconhecer pela Conferência e pelos outros protetores do patronato. É a mesma coisa para os trabalhos ou reformas dos locais, a região deve prover a todas as despesas. Estranho que Monsenhor de Arras não fale dos 500f que prometera. O Sr. Roussel não poderia lhe dizer uma palavra sobre isso?

 

Veremos com prazer o Sr. Trousseau. Não é no momento de nosso retiro que deve vir nos visitar? Não entendi se, em sua carta, você o indicava assim ou de outra forma. Quanto à viagem à casa de sua mãe, pode, melhor do que eu, julgar, pelas suas disposições, pelo grau de utilidade desse passo. O espírito de nossa regra, como suas prescrições, repugna muito a isso, mas as razões graves fazem a regra se dobrar (não sem gemido).

 

Ficarei-lhe grato por me devolver o questionário levado por Escuté na ocasião da vinda do Sr. Trousseau.

 

Acho, como você, que um pouco de verdadeiro e bom silêncio é bem salutar. É um dos exercícios mais fortificantes: faz assentar e faz contrapeso à dissipação, tão difícil de se evitar em nossas obras.

 

Não me lembro muito do objetivo que quer atingir por sua obra do roupeiro, nem qual destinação terão as vestes confeccionadas. É para vestir os dos protegidos do nosso patronato que são pobres? É para as vendas?

 

Esta carta é muito sem nexo, mas como falar de outra forma de uma série de detalhes tais como os trazem as obras? Volto sobre os fundos espanhóis. Parece-me que, fora das ações de Séville, que são de uma estrada de ferro, havia, nos valores entregues ao Sr. Lantiez, notário, algumas inscrições sobre o Governo Espanhol. Estou enganado? São suas ou do patronato? Se são do patronato, se venderiam menos mal do que as estradas [de ferro] de Séville.

 

Estou feliz porque o Sr. Charrin o contenta. Gosto dele por sua retidão de coração, pela franqueza com que se imola e se dá a Deus. Há, tantas vezes, tantas compensações de amor próprio, de procura de si mesmo nas consagrações que são feitas a Deus! Parece-me que, para ele, é com generosidade que se doou. Os outros têm também boas disposições que se aperfeiçoam com o tempo e pela graça de Deus. Procuremos, nós, dar a todos o exemplo.

 

Adeus, meu caríssimo amigo, ponho aqui, sob esse adeus, toda uma massa de ternas afeições para você e para seus irmãos.

 

Rezamos às suas intenções, não se esqueça de nós de seu lado. O Sr. Paul [Baffait] está acamado há um mês, sem que se veja claro em sua doença. Uma de nossas crianças melhores e mais apegadas a nós391 foi, na oficina, vítima de um acidente que compromete (a palavra é mitigada) um de seus olhos; é uma grande aflição para nós.

 

Seu afeiçoado amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

O Sr. Chazaud e o Sr. seu irmão não tem, então, nenhuma melhora em sua saúde? Ofereça minhas respeitosas lembranças à Senhora sua mãe quando o julgar oportuno. O Sr. Georges [de Lauriston] viu a Sra. Cottu que lhe entregou de bom grado sua subscrição.

 

 

 

 





391 Pain, aprendiz na oficina de cinzeladura, que simulando beber uma garrafa de água-forte (ácido cítrico) deixou cair algumas gotas num olho





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