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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1301 - 1400 (1868 - 1869)
    • 1318 - do Sr. Faÿ ao Sr. Girard
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1318 - do Sr. Faÿ ao Sr. Girard

P.S. do Sr. Le Prevost

Comunhão fraterna com os irmãos de Roma. Pedido de notícias. Um outro irmão será logo mandado como reforço.

 

Pariis-Vaugirard, em 13 de julho de 1868

 

Caríssimo irmão e amigo em N.S.,

 

Estamos na novena preparatória à nossa festa patronal, que está fixada, para este ano, à terça-feira, dia 21 de julho, como sempre, em Chaville. Nesta ocasião, vou lhe referir textualmente palavras de nosso santo Padroeiro. Nós as líamos, há alguns dias, no refeitório, e tive logo o pensamento de lhe mandar na minha resposta. São Vicente, numa carta que escreveu, 30 anos após sua viagem a Roma, a um padre de sua Companhia que estava como você, caro amigo, e como nossos amigos, Srs. Jean-Marie [Tourniquet] e Charrin, nessa mesma cidade de Roma, lhe testemunhou “que ficou tão consolado por ver-se nessa cidade, mestra da Cristandade, onde está o Chefe da Igreja militante, onde estão os corpos de São Pedro e de São Paulo e de tantos outros mártires, e de santos personagens que outrora derramaram seu sangue e gastaram sua vida por Jesus Cristo, que estimava-se feliz por andar na terra onde tantos santos haviam andado; que essa consolação o tinha enternecido até às lágrimas.” Assim, então, caro amigo, você está feliz como estava Monsieur Vincent, e nós todos o estamos, pois existe uma tão grande união entre os membros de nossa família religiosa, que a felicidade de um faz a felicidade do outro e, em nosso pequeno Chaville, quando pisamos a areia de nosso quintal, indo da capela à nossa sala, e de nossa sala à capela, estamos tão felizes como vocês três, os privilegiados da Comunidade. Vemos por seus olhos, ouvimos por seus ouvidos. Você pensa bem, caro amigo, que não quero falar aqui das maravilhas artísticas que contém a cidade de Roma, tudo isso não nos toca muito, você e nós; mas são as graças que devem superabundar nessa capital do mundo católico. O Sr. Hello se alegra por ver, de sua janela, o santuário de Nazareth; mais felizes, vocês habitam na própria Igreja, pois Roma é uma Igreja.

 

A chegada de seus santinhos tão piedosos causou grande alegria aos noviços, grandes e pequenos. Todo o mundo tem o seu, tenho um em meu breviário, o que não era necessário para me lembrar de nossos excelentes irmãos. Obrigado por sua atenção a nos agradar.

 

A distribuição solene, com leitura da carta explicativa, foi feita em frente do grande prado, nos degraus da casa branca, às 7h1/2 da noite. Agora, vou encarregá-lo, caríssimo amigo, de testemunhar as amizades mais ternas a você mesmo, em primeiro lugar, da minha parte, depois, a esse velho amigo de Saint Charles, desertor forçado como eu, por causas semelhantes e diferentes, em seguida, a esse caro amigo e colaborador de Saint Jean, em religião irmão Charrin. Diga-lhe que usamos e abusamos do “atravessa-rio”, que o patronato não vai mal demais, considerando a estação, que há um pequeno movimento de piedade e que há uma ou duas comunhões cada domingo. Oh! se a semente pudesse pegar! Mas precisaria de santos, e não nos esforçamos bastante para isso. Talvez seja mais fácil em Roma do que em nosso país da França. Vejam, caros amigos, tornem-se, em sua categoria, uns Benoît Labre. Rezamos para que seja assim para cada um de nós, pois, para não haver invejosos, devemos entrar todos na corrida. Adeus, reze pelo Noviciado. Temos ali almas generosas que, um dia, senão já, abusarão de nós, é intolerável! Acho que recebe muitas vezes notícias, abstenho-me de todo detalhe. Somente isto: nosso bom Padre Superior vai bem, dois irmãos estão indispostos, o Sr. Edouard [Lainé] (o músico) e um novato (músico também).

 

Abraço-o, meu caro amigo, assim como nossos caros irmãos Jean-Marie e Charrin, nos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.

 

                                                           Faÿ, padre

 

Por favor, colocar em um envelope a carta incluída para o Sr. Boucault, não sei onde está atualmente. O Sr. du Garreau não recebeu as medalhas do Sr. Charrin.

 

Meu caríssimo amigo e filho em N.S.

 

O Sr. Faÿ não me deixa espaço para acrescentar qualquer coisa à sua carta, limito-me a pedir-lhe para nos mandar o quanto antes notícias suas, para que estejamos seguros de que sua indisposição não teve conseqüências. Logo que os calores tiverem passado um pouco, tratarei de dirigir para Roma um irmão novo, para ajudar o Sr. Jean-Marie e levar a todos um pouco de alívio.

 

Seu amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 




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