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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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1334 - ao Sr. de VaraxDoença do Sr. Girard. Espírito de pobreza. Ajuda trazida por benfeitores para a formação dos seminaristas. Não solicitar o reconhecimento de utilidade pública para as obras, que correriam o risco de estar sob a dependência do Governo.
Chaville, 2 de setembro de 1868
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
Deus seja bendito pelos bons resultados de sua adoração e de sua distribuição de prêmios. Procure agora descansar um pouco. Esses dois grandes empreendimentos não devem ter sido montados sem um cansaço bastante notável. Não deveria, por um trabalho forçado, perder em poucos dias todo o bom efeito de sua estação de banhos. Estou bem satisfeito por nosso caro Sr. [Adolphe] Lainé tê-lo ajudado eficazmente. Sabia de antemão que se empenharia, com uma perfeita boa vontade. Todos os nossos jovens seminaristas se prestam de bom grado e com inteligência para todo bom serviço que se lhes pede para o bem das obras.
Não acho que haja necessidade de se comprar um relógio. Tenho vários, entre os quais alguns são bons; será possível dar um ao Sr. Lainé se o seu não funciona mais.
Quanto ao dinheiro (25f) que me remeteu, foi empregado imediatamente para comprar uma batina, que custou 50f. Parece que não entende muito bem de onde vem esse dinheiro. É assim: a Sra. de Bréda, na origem, prometera que proveria os gastos dos estudos do Sr. Adolphe. Num primeiro ano, deu 600f, que deviam ser divididos entre ele e seu irmão. No ano seguinte, deu, acho, somente 150 ou 200f para ambos os irmãos. Ultimamente, achou melhor avisar o Sr. Adolphe que tinha resumido esses auxílios em uma pequena renda anual de 100f, que constituíra no seu tabelião. Aceitamos com gratidão esse donativo, já que é puramente gratuito e caritativo. Mas, entenderá, e também nosso caro Sr. Adolphe, que a ajuda, por amável que seja, compensa pouco os gastos da pensão de 800f no seminário e os gastos de manutenção e de livros e despesas miúdas. A Sra. des Réaux, por sua vez, tinha assegurado que se encarregaria de uma parte da pensão, ou, no mínimo, da manutenção. Suas vistas mudaram ou foram mal entendidas, sem dúvida, pois nunca nos enviou sequer um óbolo. Não sei se esses pormenores são conhecidos por nosso caro Sr. Adolphe. Talvez seja bom lhe comunicá-los, não, claro, para diminuir sua gratidão para com a Sra. de Bréda que, há longos anos, foi uma verdadeira benfeitora para ele e para seu irmão, mas para que a verdadeira situação seja bem colocada.
O retiro começará no dia 28 deste mês. Pensou-se um pouco em realizá-lo em Chaville, a título de experiência, mas começo a duvidar que seja tomada essa decisão, quando vejo a multidão das disposições que haveriam de ser tomadas para abrigar e fazer viver juntas mais de 60 pessoas no Noviciado (sem contar os 10 estudantes) [10 estudantes latinistas: Frézet, Rousseau, Pialot, Mondor, Chupin, Lepage, Vernay, Sauvage, Herlicq, pequeno empregado, Nicolet]. Quase não há possibilidade, atualmente, senão para 40. Precisaria trazer todo o necessário, para os demais, de Vaugirard.
Nosso jovem Sr. Magnien acaba de chegar. Aguardamos o Sr. Risse do dia 16 ao dia 20. Disse-lhe que o Sr. Girard viera de Roma bem debilitado. Está se restabelecendo devagar.
Acreditava terminado o negócio da casa Saint Jacques. Convença o Sr. Caille a desistir do projeto de reconhecimento dessa casa como estabelecimento de utilidade pública. É, no pensamento de religiosos muito sérios que consultei recentemente, uma verdadeira ilusão, que não exonera realmente os estabelecimentos, que os submete a dependências embaraçosas em relação à administração e que, em tempos maus, os põe sob a mão do Governo, para serem mui simplesmente confiscados. Enquanto um imóvel continua propriedade pessoal, é mais difícil apoderar-se dele. Nas condições mais firmes, o direito de propriedade está hoje bem enfraquecido, não se deve, acho, reduzi-lo quase a nada. Tal é também o parecer do Sr. Superior dos Lazaristas, cuja Casa-Mãe, objeto, para sua Congregação, de despesas e aquisições imensas, lhe parece, no entanto, mal assegurada, devido a essa dependência do Governo.
Adeus, meu excelente amigo, recomendo ao Senhor todas as suas almas, sem esquecer os envelopes enquanto forem úteis segundo sua Sabedoria.
Seu amigo e Pai
Le Prevost
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