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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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1448 - ao Sr. TourniquetResumo das dificuldades da obra em Roma; conselhos de prudência. Um jovem postulante voltou para a França. O Sr. Le Prevost preocupado em salvaguardar a autoridade do irmão Jean-Marie face à dos oficiais e capelães. Confiança em Deus.
Vaugirard, sexta-feira 27 de agosto de 1869
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
As cartas se cruzam facilmente por causa das distâncias que percorrem devagar demais. Recebi ao mesmo tempo, desde a saída de minha última comunicação, suas duas cartas dos dias 7 e 11 de agosto e, mais recentemente, as dos dias 19 e 21 do mesmo mês. Por essas missivas, vi a saída de Rabusier, a apresentação de várias questões sobre sua posição no Círculo, e enfim, o anúncio da saída do Sr. Charrin. Um pouco antes, e após um telegrama enviado pelo Sr. Descemet, acreditei não poder me opor a que o substitua, embora essa sobrecarga, para você, já bastante ocupado, me entristeça singularmente. Os selos que levava o jovem Rabusier foram talvez entregues ou enviados por ele ao Sr. Paillé. Não ouvi falar deles. Perguntarei amanhã ao Sr. Paillé se os recebeu. As cartas das quais esse jovem era portador me chegaram pelo correio. Sua conduta é triste, espero que sua inexperiência muito grande possa desculpá-lo um pouco, mas é lamentável que não o tenha conhecido o bastante, para desconfiar mais de sua estabilidade. O Comitê pode, com justa razão, nos censurar por ter causado à sua caixa, pelas viagens e a estada desse menino no Círculo, despesas sem resultado. Você deveria ter imposto a esse aturdido a obrigação de reembolsar ao Comitê ao menos seus gastos de volta, e até fazê-lo pedir à sua mãe o dinheiro de que precisava para essa volta.
A mudança do Sr. Charrin e sua substituição serão ainda uma ocasião de novas despesas. O conselho dos RR.PP. Brichet e Laurençot é muito sábio: avance, faça o melhor possível, sem parecer se comover muito com os dizeres ou pontos de vista diversos, dos que o cercam. Não acho que ninguém, ao seu redor, tenha a ousadia de tomar sobre si medidas de alguma gravidade, porque ninguém tem autoridade real. É o Comitê que estabeleceu os Círculos e que lhes carrega as despesas. Somente ele pode tomar algumas disposições decisivas. Os oficiais poderiam desaprovar os Círculos e, em casos graves, os interdizer aos soldados, mas é tudo o que poderiam fazer. E a isso chegariam até com dificuldade, porque a autoridade de uns paralisa a dos outros. Aí está a grande causa da fraqueza de todos: ninguém está bastante em situação de fazer nitidamente prevalecer sua vontade. Procure não chocar ninguém, mas guarde, tanto quanto puder, a liberdade de ação que lhe é necessária. Cada um está convencido de que tudo iria muito melhor se fosse encarregado de dirigir. Os capelães, os oficiais quereriam ter onipotência, mas encontrariam resistência em todo lugar se tentassem comandar. Você tem uma posição adquirida, guarde-a. Quanto mais fizer o bem com sabedoria, de maneira cristã, tanto mais sólida se tornará sua posição. A dedicação é a única potência que deva prevalecer na situação, tal como a Providência a fez em Roma. Poupe a si mesmo, todavia, razoavelmente, pois, se se esgotarem suas forças, a incapacidade seguirá.
O Sr. Keller não está em Paris. Logo que tiver a ocasião de vê-lo, conversarei com ele com calma. Mas sei que ele pensa como nós sobre as coisas de Roma e a condição dos Círculos. Ele nos apoiará, se precisar, querendo certamente que os capelães tenham toda a facilidade para seu ministério, mas não que governem os Círculos. Um Conselho ou Comissão teria sido sem dúvida útil para esclarecê-lo e apoiá-lo, mas como compor esse Conselho? Fora o Sr. Descemet, honesto e bom, sem dúvida, mas meticuloso e não aberto em seus procedimentos, quem poderia fazer parte dele? Os oficiais? Quem os escolheria? Se os Coronéis designassem, poderiam facilmente não convir, e os outros, aliás, achariam ruim que assim prevalecessem. Obedecem no regimento, mas o Círculo está fora do comando militar. Em tudo isso, há, portanto, muitas dificuldades, e se pode presumir que não se tentará nada de bem sério.
Em última análise, somos os filhos de Deus e seus submissos servos. Faremos, de dia a dia, sua muito adorável vontade, desde que Se dignar no-la manifestar. Rezemos, tenhamos confiança e sigamos em paz nosso caminho.
Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S., acredite em todos os nossos sentimentos de terna afeição e partilhe-os com nossos irmãos.
Seu amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
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