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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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1460 - ao Sr. de VaraxAs obras se complicam demais e não deixam mais a liberdade suficiente para a vida de oração e a vida de comunidade. Considerações sobre os irmãos Boiry e Pradeaux.
Chaville, 28 de setembro de 1869
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
É bem lamentável que nossos irmãos de Amiens não possam chegar no começo do retiro, e é muito de se temer que, após a excursão a Boulogne, os que tiverem participado dela não estejam muito em condições de se aplicar aos exercícios durante os primeiros dias. Mas o que fazer? Deixamos nossas obras se complicar sempre mais, suas exigências se tornam cada vez mais imperiosas, a liberdade de nossos movimentos é, conseqüentemente, cada vez menor. Acho que sofremos assim o arrebatamento do século, que se precipita cada vez mais na atividade. Se esse impulso vertiginoso não parar, para onde irá, então, a pobre humanidade? Enunciada essa reflexão morosa, penso que é preciso se resignar a mandar os irmãos somente na segunda-feira de manhã.
Há certa dificuldade em mandar imediatamente um substituto ao Sr. Cauroy, pois seria privar do retiro aquele que fosse enviado. De outro lado, o médico, obrigado a dar seu parecer sobre a posição que se poderia dar aos Srs. Boiry e Pradeaux, disse formalmente que não podia pronunciar nada, quanto ao presente, sobre este último, cujo estado o inquieta e que quer seguir e estudar atentamente. É portanto impossível que se afaste nesta estação. Responde para o Sr. Boiry que pode continuar seus estudos, seja como externo, seja mesmo como interno num seminário, com a condição de lhe escrever e de seguir seus conselhos para sua saúde. Pode se contentar com um estudante que seguirá o seminário? Você lhe deixará bastante liberdade para que estude sem exagero de perturbação? Eis a questão. Quanto às aptidões do Sr. Boiry para as obras, são maiores do que parece acreditar e seu caráter é manso e flexível. O seminário de Angers me entregou dele os melhores testemunhos, tanto para os estudos como para a piedade e a regularidade. Perturbou-se casualmente apenas pela negligência que havia em segui-lo e em dissipar algumas nuvens, semelhantes às que todos podem ter. Veja, meu caro amigo, que sentimento tem a esse respeito. Não percebemos, quanto a nós, nenhum outro socorro tão valioso que possamos lhe dar.
Agradeço-lhe por seus bons cuidados em favor do Sr. Gallais. A estada de Amiens lhe faz um bem extremo. Escreveu uma carta que encantou o Sr. Lantiez pela calma e o bem-estar que exprime. Vou escrever afetuosamente ao Sr. Caille para lhe aconselhar não intervir nas admissões do orfanato, ao menos sem combinar com o Sr. Trousseau.
Devo deixá-lo, o sino toca e sabe sua autoridade para nós.
Viu a boa carta de Monsenhor de Orléans ao Pe. Hyacinthe. Talvez não se deva perder a esperança sobre sua volta. Rezemos por ele, uma verdadeira volta o recolocaria de pé, e melhor, sem dúvida, do que antes de sua queda.
Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S. Seu todo afeiçoado amigo e Pai
Le Prevost
Afeições a todos.
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