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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1401 - 1500 (1869 - 1870)
    • 1462 - ao Sr. Maignen
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1462 - ao Sr. Maignen

Recrutamento e formação no Noviciado. O Sr. Le Prevost anseia por religiosos com vocação provada. Uma formação sólida. Fazemos o que é praticável com os elementos de que se dispõe. Importância do período do noviciado.

 

Chaville, 29 de setembro de 1869

 

Meu caríssimo filho em N.S.,

 

Concordo sem custo, não suporto bastante a contradição, sobretudo se algum exagero nela se mistura. Segunda-feira, em particular, falei a você com ímpeto exagerado. Pedi desculpa cordialmente e procurei, no resto da sessão, indicar-lhe meu desejo de fazer-lhe esquecer essa pena. Não parece que tenha conseguido, já que me escrevia ontem uma carta muito irritada do início até o fim.  Para acabar de apaziguá-lo, se é possível, vou responder-lhe suavemente, como gostaria sempre de fazê-lo.

 

Disse ao Sr. Streicher, a respeito da peça preparada no Círculo, que a exigência do Sr. Hello me parecia um erro e que procuraria evitar isso no futuro. Por enquanto, querendo prevenir a explosão que as disposições do Sr. Hello faziam recear, aconselhei o Sr. Streicher a fazer ato de virtude, mandando-lhe a peça. Sem mais esperar, o Sr. Paillé tendo vindo me ver durante o dia, o encarreguei de avisar o Sr. Hello de que desaprovava sua pretensão e que me reservava dizer-lhe isso pessoalmente.

 

Acho que, após ter pensando um pouco diante de Deus, você não teria agido diferentemente.

 

A questão que me assinala para o Conselho, sobre o recrutamento e a  formação dos sujeitos, me parece, como a você, das mais sérias. Você faria um trabalho bem útil se desenvolvesse esse assunto em uma nota, em que explicaria os meios que se deveria tomar para chegar a esse fim.

 

Entrevejo certamente alguns e serão usados, espero, à medida que, menos insuficientes para nossos cargos, poderemos dar às nossas casas um pessoal mais numeroso e sobretudo mais experimentado. Por enquanto, fazemos, faço da minha parte, tudo o que parece praticável. Não falo somente de tudo o que fizemos para fundar, à custa de tão grandes sacrifícios, o Noviciado, mas colocamos para dirigi-lo dois de nossos melhores sujeitos eclesiásticos e leigos [Srs. J. Faÿ e Audrin]. Os irmãos destinados ao sacerdócio são mantidos, sem contar a despesa, nos seminários, e, para os irmãos leigos, se cultiva para a instrução os que têm alguma aptidão que se preste ao desenvolvimento, e estão sendo formados com um zelo contínuo no ponto de vista da vida cristã e religiosa. Acreditei, da minha parte, que estava seguindo as vistas de Deus ao dar a essa obra tão importante o melhor de minhas últimas horas neste mundo. Alguns passos foram dados nessa via e alguns frutos já foram colhidos. Deve-se esperar mais numerosos, com o tempo e a paciência.

 

Alguns dos sujeitos mais capazes de cultura entre os leigos, os Srs. Derny e Moutier em particular, foram privados das provas da formação do Noviciado. Todos lamentamos isso, mas será possível esquecer-se da dura necessidade que sofremos e alguém pode, entre nós, culpar por isso um ou outro dos Superiores ou Conselheiros?

 

Não há duas balanças no Noviciado nem em nenhum ato de nossa administração, a respeito dos noviços leigos e dos noviços eclesiásticos. Uns e outros têm, com a única diferença da matéria dos estudos, o mesmo tratamento, o mesmo regime e, o atesto, a mesma consideração e a mesma afeição.

 

Às vezes, os meios de formação variam segundo as naturezas diversas. O Sr. Ginet estuda muito devagar, porque a índole de seu espírito o exige. O Sr. Gérold fez, em Amiens, 18 meses de postulantado porque seu caráter, extremamente irascível, precisava ser quebrado pela fricção das obras, antes que seu espírito pudesse ser modelado, iluminado no Noviciado. O Sr. Bouchy Joseph foi mandado, por motivo semelhante, para fora, por causa de sua extrema ignorância do verdadeiro sentido de nossa vocação. Daqui um ano, voltará com grande vantagem, para fazer um noviciado sério. Assim, estudamos todas as aptidões e, na medida em que depende de nós, agimos a contento. Nossos recursos são limitados, vamos o menos mal possível, agindo, como se faz, com os rudimentos das coisas que principiam. Os que virão depois de nós terão outros recursos e procederão da maneira mais ampla. Confiemos que Deus abençoará o trabalho de uns e outros.

 

Seu todo afeiçoado amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 

Preparo minha carta para o Sr. Keller. O Comitê pediu para que fosse anexada à carta para o Sr. Keller uma cópia do tratado passado com Gennetier. Seria, portanto, necessário que mandasse fazer imediatamente uma expedição e a remetesse quanto antes para mim.

 

 




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