1483 - ao Sr. d’Arbois

Comunhão freqüente num patronato. Necessidade de um padre do Instituto em Roma.

Chaville, 30 de novembro de 1869

Meu caro amigo e filho em N.S.,

Não respondi até agora à pergunta que me tinha feito a respeito da capelania do patronato das crianças das fábricas. Desejava (sem particularidade e sem personalidade) tomar o parecer de nossa Conferência da segunda-feira. Unanimemente, nossos irmãos eclesiásticos responderam que somente se podia dar avisos ao capelão sobre a comunhão mais ou menos freqüente. Ficar atrás dele na aplicação desses avisos parecia coisa impraticável e talvez inadmissível. Em caso de dúvida sobre a prudência do capelão, confiar a um outro a confissão, e conseqüentemente, a direção para as comunhões, seria certamente o melhor e mais seguro partido. No caso, não seria possível, sob pretexto de atrair a benevolência das Conferências e dos benfeitores escolhendo um padre que lhes fosse particularmente agradável, introduzir um eclesiástico estranho para a confissão e até para a maioria das instruções? Essa combinação me pareceria aqui bem desejável. Veja se é possível. Diga, se achar útil, que aconselhei esse meio como muito próprio para cativar, seja as Conferências, seja a paróquia, etc.

Não tenho notícias recentes de Roma. Os incidentes acontecidos ultimamente, aborrecimentos dos capelães, falta de apoio moral da parte dos representantes do Comitê, deixaram nossos irmãos em uma posição difícil e colocam em dúvida a possibilidade de deixá-los ali sem o apoio habitual de um irmão eclesiástico que os sustente espiritual e exteriormente. Mas colocar assim um eclesiástico é outro embaraço: estaria bem pouco ocupado, deixaria na França algum de nossos estabelecimentos ou obras em apuros, seria provavelmente necessário sustentá-lo às nossas custas. Outros tantos pontos de solução difícil. Enquanto o Sr. Lantiez está ausente, impossível deslocar alguém para sustentar a Congregação em seu centro esvaziado demais. Reze conosco para que Deus digne-se nos iluminar e nos assistir.

Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S. Assegure nossos irmãos de minha terna afeição e você mesmo seja assegurado disso.

Seu amigo e Pai em N.S.

                                               Le Prevost