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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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1498 - ao Sr. TourniquetVida da comunidade romana. A vocação do Sr. Manque submetida a uma rude prova.
Chaville, 2 de fevereiro de 1870 Purificação
Meu caríssimo filho em N.S.,
Respondo brevemente à sua carta do 27 de janeiro.
Partilhamos seus pesares pela morte do Coronel d’Argy. Estamos felizes por sua morte ter sido tão cristã. Quem lhe sucederá? Rezemos para que a escolha seja boa.
Acabo de recomendar de novo todos os seus recados ao Sr. Bérard, que os faz sob a direção do Sr. Gallais. Vê-los-ei amanhã, vou falar-lhes ainda sobre isso. Para a oficina de Vaugirard, farei também com que lhe seja dada resposta. As compras estão feitas para seus recados, saberei pelo Sr. Bérard se foram entregues ao Comitê.
Seus encargos são tais que me parece pouco prudente acrescentar ainda a caixa do recrutamento. Os erros em contabilidade são quase inevitáveis quando se é ocupado demais.
Não recusei ao Sr. Lhermitte, que sei muito bondoso para com vocês, a licença de fazê-lo seu representante na exposição romana. Confio que não resultará disso muita perturbação para você.
O Sr. padre Choyer, que enviou um grande grupo representando os adeuses de São Pedro e de São Paulo, no momento em que estão sendo separados para irem ao martírio, parte para Roma. Você o verá sem dúvida.
Para o corpo do pequeno mártir, a quem deve ser endereçado o pedido? Dizem-me que as formalidades, quando esse favor é concedido, ocasionam gastos bastante grandes. Em que consistem e qual é sua importância? Não posso fazer o pedido antes de ter essas informações. Não deixe de dizer a Monsenhor Termoz que, se houve de nossa parte algum atraso em lhe responder, sobre a compra pedida por ele, vem unicamente da transferência para Amiens do Sr. Lantiez, que não pôde imediatamente cuidar desse negócio. Ficar-lhe-ei grato por me dizer qual relíquia, e de qual santo (se sabem), está incluída na caixa selada com o brasão do Cardeal Bonaparte. Aguardo essas informações para apresentá-la no Arcebispado. Talvez algumas palavras do R.P. Cheri fossem apropriadas para dar valor a esse envio junto ao Arcebispado.
Nosso bravo Manque conquistou aqui, logo na chegada, o coração de todos, mas não sei se nos será dado tê-lo entre nós, imediatamente ao menos. Seu pai foi atingido por uma paralisia no momento de sua entrada entre nós, e todos os seus irmãos (tem 6, bonitos e altos como ele, e 3 cunhadas, esposas de três de seus irmãos) se ligaram para fazê-lo voltar, assegurando que seu pai tinha caído doente por tristeza e que o reclamava com grandes gritos. Manque respondeu, calma mas firmemente, que, tão bem cercado, seu pai, evidentemente, não precisava de seus cuidados, e pediu com insistência para que lhe deixassem seguir sua vocação. Então, nova carta mais insistente, assinada por todos os membros da família, apoiada por uma carta não menos insistente do Pároco, que atesta que sua presença é necessária para o sossego e o restabelecimento de seu pai. Teve que ceder, partiu na segunda-feira passada, muito triste e prometendo voltar. Poderá dificilmente fazê-lo, tememos, se seu pai viver e, sobretudo, se não se restabelecer perfeitamente. De todos os membros da família, era ele que ficava mais ordinariamente em casa. Quando os outros iam, à noite ou aos domingos, para os divertimentos, era Michel que ficava sempre com o pai. Este não se esqueceu disso, por isso, geme e chora e o quer, digam o que disserem. O bom Senhor, que sabe as retas e santas intenções do bravo Michel, resolverá a questão em sua sabedoria. Rezemos por esse digno rapaz.
Vamos aqui como de costume. O Sr. de Varax está conosco por uns quinze dias, se preparando a chegar a Angers, onde vai substituir o Sr. d’Arbois que virá a Vaugirard. O Sr. Baumert, embora jovem, está firme em Grenellle. Vem, a cada semana, com seus irmãos, fazer seu Conselho perto de mim.
Pensamos muitas vezes em você. Nossos irmãos pedem constantemente notícias suas e rezam por você. Todos, então, podem contar que seu afastamento não diminui em nada a cordial afeição que cada um lhes guarda em Nosso Senhor.
Sejam também bem unidos a nós pela oração e por uma verdadeira caridade. Sejam também bem unidos entre vocês, pacientes, sabendo suportar-se, evitando o que pode contrariá-los uns aos outros e fazendo tudo para se assistir reciprocamente. Com essa condição, Deus os assistirá em seus trabalhos e em suas dificuldades e obterá de suas obras grandes frutos para a sua glória.
Seu devotado amigo e Pai
Le Prevost
P.S. Agradeço ao Sr. Jouin por sua carta, vou lhe escrever logo que puder.
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