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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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1514.1 - à Senhorita DésirO Sr. Le Prevost notifica sua decisão de não permitir mais ao Sr. Lantiez que a dirija.
Chaville, 14 de março de 1870
Cara Senhorita,
Venho, em nome de nossa velha e muito sincera amizade para com a Senhorita, pedir-lhe um sacrifício que acreditamos indispensável para o bem de nossa Congregação, e útil para a Senhorita mesma e para suas obras tão dignas de interesse.
O Sr. Lantiez me escreve que foi visitá-lo em Amiens e que pediu-lhe para entreter com a Senhorita uma correspondência espiritual. Respondi-lhe que não achava possível autorizar esse projeto, não acreditando-a boa nem para você, nem para ele, nem para nós.
Disse-lhe apenas pela metade, cara Senhorita, que a preocupação que tinha tomado o Sr. Lantiez por suas obras e pela direção que lhe dava, o tinha desviado muito notavelmente de suas obrigações de posição, a ponto de excitar as queixas contínuas dos que tinha que conduzir, que tinha, em conseqüência das censuras que lhe aconteceram por isso, concebido um tipo de desgosto e de aversão por seus trabalhos e que sua vocação havia sido muito comprometida por isso. Evitei também dizer-lhe que sua assiduidade e a de suas damas em Grenelle faziam tagarelar os moços de nossas obras, que as línguas femininas, na sociedade de Grenelle, se exercitavam também no mesmo sentido e que o Sr. Pároco tinha achado sábio avisar-nos disso. No mesmo tempo, um alto dignitário da diocese, levando também sua atenção para esse lado, dizia: O Sr. Lantiez se extravia de seu caminho e está caindo numa deplorável ilusão.
É nesse contexto e para fazer diversão a esses mal-estares penosos que tivemos de nos resignar a uma viagem dispendiosa do Sr. Lantiez a Roma, em seguida, a um deslocamento prejudicial para várias de nossas casas. A ajuda cordial que nossa família religiosa lhe deu da melhor maneira possível durante vários anos não lhe dá o direito de esperar que renuncie franca e generosamente a relações boas seguramente em certos aspectos, mas que, diante de Deus e após maduro exame, ela julga prejudicial para si?
Para você mesma, seria instalar-se bem na diocese e preparar para suas obras o apoio da autoridade superior eclesiástica o concorrer para desviar da obediência um religioso até agora tão justamente estimado por todos?
Não é também no verdadeiro interesse de sua associação e de seu futuro assegurar-se uma direção firme, precisa e bem estabelecida? Ora, como o Sr. Molinier [S.J.] ou qualquer outro tomarão assumirão sua conduta espiritual e a de suas damas associadas, se sentirem que têm, de sua parte, apenas uma meia-confiança e que, na realidade, é de outro lugar que recebe avisos e inspiração? É por essas diversas razões que tive de recusar minha autorização ao Sr. Lantiez para a correspondência espiritual que lhe pedia e, se fosse necessário, proibir-lhe-ia a título de obediência religiosa.
Mas sei, cara Senhorita, que uma medida semelhante não será provocada nem da parte dele, nem da sua. Levará em conta o humilde pedido que lhe dirijo agora e quererá que, como pelo passado, permaneçamos unidos pela oração e por uma mútua simpatia no caminho das obras santas em que Deus nos colocou para sua glória.
Queira aceitar, cara Senhorita, os novos protestos de meu bem respeitoso devotamento em N.S. Le Prevost padre
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