1542 - ao Sr. Tourniquet
Vida
da casa de Roma. Movimento de pessoal. Contabilidade.
Chaville, 24 de maio de 1870
Meu
caríssimo filho em N.S.,
Entendo que
as dificuldades de sua função e os aborrecimentos que se juntam a isso
presentemente lhe façam uma penosa provação. Compadeço sua pena como suas fadigas,
e desejo muito que a chegada do Sr. de Lauriston lhe traga alívio. Ele o
ajudará a examinar suas contas e o colocará em condição, espero, de vir tomar
algum tempo de repouso perto de nós.
Pensamos que
poderá partir de Paris na segunda-feira próxima, dia 30 de maio, supondo que um
navio parte no meio da semana de Marselha para Civitavecchia. Tenha confiança,
então. Deus o tirará da aflição e lhe dará alívio. Sofrer para seu serviço é
o quinhão dos que Ele ama e é um meio também para expiar as imperfeições
que se insinuam em nossos atos, mesmo os melhores.
O Sr. Emile
[Beauvais] me diz que, ao associar o Sr. Descemet ao nosso pedido para o
capelão, não tomamos o melhor caminho. Fiz, de concerto com o Sr. Keller, o que
acreditamos juntos ser o mais simples. Entrego a coisa nas mãos de Deus,
querendo unicamente sua santa vontade.
O Sr.
Streicher está agora perto de você, espero que vá ajudá-lo eficazmente. Cuidava
bem das contas no Círculo e fazia bem o economato; poderá, talvez, vigiar o
restaurante. Não seria possível descarregar-se, passando-as a outros, da gestão
e da responsabilidade desse restaurante? Entendo que esse partido tem muitas
dificuldades, mas, de outro lado, é uma direção bem pesada para nós. Examinará
essa questão com o Sr. Descemet e, antes de tudo, com o Sr. de Lauriston.
Escrevo uma
palavra ao Sr. Emile e o aviso de que o Sr. de Lauriston vai vir para ajudá-lo
na verificação de suas contas. Você mesmo lhe dirá, quando julgar conveniente,
que trata-se em seguida para você de tomar algumas semanas de repouso.
Adeus, meu
caríssimo filho, abraço-o afetuosamente em N.S.
Seu amigo e
Pai
Le Prevost