1551 - ao Sr. d’Arbois
Notícias
das obras de Paris e de Roma. As vocações dos jovens irmãos (e dos outros):
o papel do superior é de encorajar. Novena para pedir chuva.
Chaville, 28 de junho de 1870
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.
Sei que está tão ocupado em Angers que não estranho
muito que não tenha tempo para nos escrever. De nosso lado, não faltamos de
trabalho e, com aquele que podemos fazer, deixamos muita coisa inacabada ou não
realizada.
Não sei se o Sr. de Varax chegou às águas termais.
Desde sua saída daqui, vai fazer oito dias amanhã, não recebi dele notícia
alguma. Entrava bem em seus planos, acho, ficar alguns dias em Montcoy na casa
de sua mãe. Parece acreditar que um repouso um pouco prolongado lhe é
necessário. Possa sua ausência ser o bastante para restabelecê-lo e, no
entanto, não prejudicar demais as coisas que deixa para trás de si.
Em suas conversações comigo sobre o pessoal de Angers,
comunicou-me as inquietudes que lhe haviam causado as dúvidas do Sr. Moutier
sobre sua vocação. Gosto de pensar que este último toma alguns aborrecimentos e
desgostos naturais de uma vida laboriosa e bastante monótona por um desânimo
absoluto. Escrevo-lhe aqui uma pequena carta para convidá-lo a conversar comigo
sobre isso. Talvez fosse vantajoso, para distrair seu espírito desses
mal-estares interiores, trazê-lo de volta para perto de nós, fazendo-o
substituir. Encoraje-o, encoraje também os outros, pois aí está o grande papel
dos superiores. O caminho é rude para todos, é preciso ampará-los e consolá-los
para que possam chegar ao termo. O Sr. Perthuisot também precisa ser amparado.
O sobrenatural, nele, ainda não superou bem até agora o positivo e o natural.
Espero, e o Sr. de Varax como eu acredita que, com um pouco de perseverança,
mereça de Deus a graça que o confirmará em sua santa vocação. Se aparecesse
algum sinal feliz sob esse aspecto, fazer-lhe dar um passo no avanço às ordens
seria para ele um grande encorajamento. O Sr. Pessard escreveu ao Sr. de Varax
que, se julgássemos isso conveniente, Monsenhor Freppel não faria nenhuma
objeção. Procure encontrar alguns momentos para dar um pouco de direção a cada
um alternadamente.
Temo que se esgote ao procurar recursos. Seria melhor
pagar unicamente o que é exigível e não pode ser diferido. Poderia dar-lhe,
como leve assistência da Casa-Mãe, 500f,
se essa ajuda mínima, juntada a outras, pudesse lhe ser útil.
Recebi ontem notícias de Roma. Nossos irmãos vão bem.
O Sr. Chaverot fez uma excelente viagem e foi muito bem acolhido. Vai ser
colocado como capelão titular da Legião Romana e reconhecido como tal
oficialmente. O negócio do déficit está convenientemente resolvido, sem nenhum
verniz ruim para ninguém. Esses detalhes satisfatórios estão contrabalançados
aqui pelo estado de saúde do Sr. Coquerel que caiu seriamente doente, com
indícios inquietantes. Peçamos a Deus para poupar nossa fraqueza e nos ajudar a
suportar essas provações.
O Sr. Jean-Marie [Tourniquet] parte de Roma no dia 30
de junho. Chegará aqui, acho, no dia 4 ou 5 de julho.
Não tenho necessidade de lhe recomendar nossas
crianças de primeira comunhão que estão de retiro. O Sr. Planchat, ajudado pelo
Sr. Leclerc em licença de repouso, as dirige nos exercícios. O Sr. d’Hulst faz
as instruções.
Em anexo uma carta para o Sr. Ginet, que exorto a
responder sem demora.
Adeus, meu excelente amigo e filho em N.S. O veremos voltar com
grande alegria. A casa de Vaugirard, privada ao mesmo tempo de sua presença e
da do Sr. Chaverot, está em grande viuvez. Todos o asseguram de seus
sentimentos bem devotados.
Dirijo aqui, de meu lado, todos os tipos de afeições
aos nossos irmãos de Angers que, não duvido, foram felizes por revê-lo entre
si. Eu mesmo estou também ali de coração e de espírito.
Seu todo devotado e afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
P.S. Começamos uma segunda novena para pedir chuva.
Acho que estão rezando também em Angers nessa intenção. Aqui e alhures, a
oração é Pai Nosso, Ave Maria, três invocações: Cor Jesus, uma: Cor
Mariae.