1560 - ao Sr. Chaverot
Via
a seguir para um irmão de São Vicente de Paulo. Notícias da Comunidade.
Preparativos de festa.
Vaugirard, 15 de julho de 1870
Meu caríssimo filho em N.S.,
Recebi com uma viva satisfação suas duas cartas
juntas, particular e geral, uma sobre sua pessoa, a outra concernente a
seus atos exteriores.
No que diz respeito à primeira, dou graças a Deus que
o põe na disposição de servi-Lo humildemente e com zelo, trabalhando a se
santificar e a fazer a seu redor todo o bem do qual cada dia lhe dará a
ocasião. É bem aí a verdadeira via onde o Senhor o pôs, colocando-o sob a a
conduta de seu grande servo, São Vicente de Paulo. O estudo particular que
fazemos atualmente de sua vida e de suas virtudes nos mostra tudo o que nos
resta a fazer para respondermos aos desígnios de sua divina sabedoria para
conosco. Vamos, então, para frente, sem desanimar pelo nosso pouco progresso.
Quanto a você, caro filho, acho que está no bom caminho. Recomendo-lhe somente
ir francamente, sem excesso de hesitação, de escrúpulos, de voltas inquietas
sobre si mesmo. Aí estaria seu perigo se não ficasse vigiando atentamente. Siga
o conselho do R.P. Laurençot: nada de mortificações arriscadas. Tem que
suportar o cansaço dos calores e dos inconvenientes de um novo clima. Aceite
essa mortificação que Deus lhe impõe, conserve suas forças para o serviço do
próximo e esforce-se, tomando conselho dos que residem há muito tempo em Roma,
por seguir o regime que convém melhor para se premunir contra os acidentes de
saúde que atingem muitas vezes os estrangeiros.
Acho que age com sabedoria, quando, embora amável,
obsequioso com todos, está guardando sua posição de religioso, evitando
maneiras livres e inconvenientes com os oficiais e qualquer outro.
Recomendo a seus cuidados nosso pedido de extra
tempora. Seria bom para nós tê-lo logo, mas sei que não se pode apressar
até a importunidade. O padre Clerc é, acho, um bom intermediário. Não há
inconveniente em vê-lo todas as vezes que achar poder assim apressar o negócio.
Se há alguns gastos, é possível retê-los sobre a importância que sua
administração dos Círculos deve por adiantamentos feitos pelo Sr. Charrin.
Estamos nos preparando aqui para a festa de São
Vicente de Paulo. Cuidaremos que seja uma festa piedosa antes de tudo.
Rezaremos muito por nossa pequena comunidade de Roma. O Sr. Jean-Marie
[Tourniquet] se restabelece de seus cansaços. Foi acolhido em todo lugar com grande
alegria. Tivemos que dar o Sr. Guillot ao Círculo do Sr. Maignen. Vaugirard,
assim diminuído, despojou à sua vez Chaville, tirando-lhe o Sr. Audrin. Os
instrumentos humanos são caducos, não se pode usá-los por muito tempo. O Sr.
Coquerel está em plena convalescência. Poderá, acho, retomar seu lugar com o
resto dos irmãos na festa de São Vicente de Paulo. O Sr. Vernay que, à sua vez,
estava doente em Chaville por um tipo de febre mucosa, vai melhor igualmente.
Era a quarta doença grave que, sem interrupção, afligia Chaville. Esperemos que
o Senhor digne-se contentar-se agora com essa expiação de nossos pecados.
Recebi de Nantes 600f para a conta do Sr. Georges [de Lauriston]
e os entreguei a Grenelle. Vou ver se, nas ações que me deixou o Sr. Georges, há
alguns cupões a receber em julho.
Adeus, meu caríssimo filho. Falamos muitas vezes dos
irmãos de Roma e rezamos sobretudo por eles. Façam o mesmo para conosco. Os
tempos são difíceis e duros para as Congregações. Peça, aos pés dos Santos
Apóstolos, que mereçamos, por nossa dedicação, uma graça definitiva e abundante
de confirmação.
Seu todo devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost