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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1501 - 1600 (1870)
    • 1596 - ao Sr. Faÿ
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1596 - ao Sr. Faÿ

Carta enviada por balão. Perguntas feitas com a esperança de escapar ao controle prussiano. Notícias dos sitiados.

 

Vaugirard, 14 de novembro de 1870

 

Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Graças à ação combinada dos balões e dos pombos-correios, posso esperar fazer-lhe chegar estas poucas linhas e obter até alguma aparência de resposta sua, por meio do cartão anexado, conforme os jornais já lhe explicaram talvez.

 

Vou fazer aqui quatro perguntas, e poderá responder por sim ou não, que inscreverá neste cartão, nos números 4, 5, 6, 7, sob os quais são classificadas.

 

Guardarei anotadas, eu mesmo, as quatro perguntas e farei corresponder suas respostas sim ou não aos números 4, 5, 6, 7, sob os quais são classificadas.

 

4 - Todos estão bem ou ao menos passavelmente?

 

5 - Os estudos de seus jovens andam?

 

6 - Tem algumas notícias de nossos irmãos da ambulância, ultimamente em Sedan? (Não ouvimos mais falar deles)

 

7 - Tem também algumas notícias de nossos irmãos de Roma? (Estamos na mesma ignorância a seu respeito).

 

Eis as minhas quatro perguntas para hoje. Sua resposta sim ou não será muito breve, mas, se chegar até mim, poderei fazer-lhe outras perguntas.

 

Terá, após ter escrito os “sim” e os “não”, que entregar pura e simplesmente o cartão (franquiando-o) ao Diretor do correio, que se encarrega de fazer chegar os sim e não pelos pombos. Por meio da fotografia, reduz-se o tamanho da letra a proporções que escapam ao olho e, na chegada em Paris, aumentam o tamanho das fontes por um processo contrário.

 

Antes do início do sítio, pedi à Sra. de Houdetot, sobrinha do Sr. de Caulaincourt, que lhe escrevia, para pedir-lhe, de minha parte, que adiantasse os fundos de que necessitasse, comprometendo-me em devolvê-los desde que o sítio de Paris fosse encerrado. Mas, seja que lhe tenha feito, como acho, esse pedido, seja que o Sr. de Caulaincourt não o tenha recebido, pode contar com esse excelente amigo: prestar-lhe-á os serviços de que precisar.

 

Não vamos mal até agora em Paris. O sítio traz embaraços e dificuldades, mas ainda não intoleráveis. Nossas obras se mantêm, diminuídas em número, mas livres atualmente em sua ação. Quase em todas há ambulâncias e locais de reunião para os militares, particularmente os que vieram do interior.

 

Estão sendo aguardados esforços mais importantes de nossas tropas que começam a ser bem organizadas. Pouca esperança para o armistício que, aparentemente, devia realizar-se. Os dos nossos que estão em Paris se reunirão na segunda-feira, dia 21 deste mês. Estará certamente em união conosco. Todos os dias e em todas as circunstâncias favoráveis, fazemos memória dos irmãos ausentes.

 

Adeus, meu caríssimo amigo. Abraço-o assim como os nossos irmãos, do mais fundo de meu coração.

 

Seu amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

Ofereça meu respeito e minha viva gratidão ao Sr. superior [do seminário de Tournai]

 

 




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