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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1601 - 1700 (1870 - 1872)
    • 1604 - ao Sr. d’Arbois
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1604 - ao Sr. d’Arbois

Notícias da Congregação durante o sítio de Paris.

 

Vaugirard, 2 de fevereiro de  [1871]

Purificação

 

Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

Asseguram-me que, a partir de hoje, o correio recomeça a funcionar. Sem demora alguma, mando-lhe algumas linhas para pedir-lhe notícias suas. Recebemos em seu tempo seu telegrama, mas era necessariamente bem breve. Para nós, tenho somente poucas coisas a lhe dizer: todos os nossos que haviam permanecido aqui estão sãos e salvos, apesar dos perigos que a situação pôde apresentar muitas vezes em Vaugirard, em Montparnasse e em Grenelle. Nossas obras, bem diminuídas, adivinha facilmente, foram mantidas em todo lugar. Temos acrescentado ambulâncias e reuniões de militares em todas as nossas casas. As privações ou sofrimentos do sítio foram notáveis apenas nestes últimos tempos. O Orfanato, gratificado por uma grande multidão de obuses, sofreu alguns danos nos prédios, sem nos preparar, porém, gastos consideráveis de reparação. Foi preciso, ali e em Grenelle, dormir nas caves e, para Vaugirard, instalar em Saint-Charles o que nos sobrava de órfãos não retomados pelos protetores. Estão de volta desde ontem.

 

Ontem igualmente, tivemos algumas informações sobre a posição de nossos irmãos de Chaville. Apesar de alguns incômodos ou dificuldades, atravessaram a provação sem obstáculo real. Uma companhia de linha prussiana e um posto de correio ocupam a casa, que não foi absolutamente poupada, mas sem ruínas irreparáveis.

 

Quanto aos nossos irmãos de província, não temos quase nenhuma informação.

 

3 de fevereiro.- Ontem, o Sr. Mitouard, um de nossos irmãos que guardam Chaville, pôde chegar até nós. Ele e os outros estão salvos, mas a propriedade está lamentavelmente devastada. As peças principais do nível térreo servem de estrebaria, a capela, de armazém de grãos, diversos muros e paredes derrubados, portadas e persianas queimadas, mobiliário queimado ou dispersado até para fora do país, etc. Deus dera, Ele retomou, que seu santo Nome seja bendito!

 

Pelo Sr. Mitouard também, que pôde receber cartas da Bélgica, temos notícias um pouco mais precisas e geralmente bastante satisfatórias de nossos irmãos, em diversos lugares. Não lhe digo nada a esse respeito, já que viu os da Bélgica.

 

Para os de Angers, acho que todos vão bastante bem. Estamos, porém, na incerteza a respeito do Sr. Ginet e do Sr. Guichard. O Sr. Moutier parece ser ainda dos nossos, já que viajava com você. Estaremos muito felizes por recebermos diretamente notícias suas. É uma necessidade, após tantas provações, reencontrar-se, se tocar e ver, por assim dizer. Uma informação pela metade não basta.

Termino estas linhas, desejando escrever em sentidos diversos. Mas, com as comunicações reabertas, poderemos, graças a Deus, corresponder mais intimamente.

 

Todos os nossos irmãos comigo abraçam ternamente você e a família de Angers. Pedimos a Deus que esteja com vocês e que bendiga seus trabalhos.

 

Seu todo devotado amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

 




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