1623 - ao Sr. Chaverot
O Sr.
Chaverot não deve prolongar sua estada em Roma.
Chaville,
26 de março de 1871
Meu
bom amigo e filho em N.S.,
Sua
última carta do dia 22 deste mês exprime o desejo que teria de prolongar e de
manter sua estada em Roma no interesse da Congregação, e também na esperança de
fazer ali algum bem. Não me oporia a essa disposição, apesar da penúria de
nosso pessoal para reerguer e sustentar as obras numerosas, você sabe, que
temos de servir em Paris e no interior. Mas nossos recursos temporais estão
totalmente diminuídos e sustentamos nossas casas com uma dificuldade extrema.
Não vejo que meios teríamos para prover às suas despesas em Roma. Poderia
permanecer ali somente no caso de ter um lugar de estabelecimento, alguma obra
a fazer e recursos para subsistir. O Sr. Georges [de Lauriston] tem, é verdade,
alguma renda, mas destinada à manutenção da casa de Notre-Dame de Grace, a qual
está com dívidas e em situação muito sofrida neste momento. Se não enxerga nada
que pareça se preparar para engajar-se de certo modo, acho que, na falta desse
indício providencial, sua volta para cá parece ser o único partido a tomar.
Você
me fala de uma proposição para trabalhos com Monsenhor o Secretário do
Concílio. Não encontro sinal nenhum dessa abertura em suas cartas e não sei em
que consiste. Se é de natureza tal que possa influir seriamente sobre a decisão
quanto à sua permanência em Roma, diga-me e dê-me algumas explicações, para que
possa julgar. Importa, em todo o caso, que não permaneça muito tempo em Roma às
custas do Comitê, já que reconheceu que não era mais necessário para a obra que
tinha fundado ali.
Vou,
como deseja, mandar-lhe um telegrama, ao mesmo tempo em que ponho esta carta no
correio.
Adeus,
meu caríssimo amigo e filho em
N.S. Rezo, rezamos todos com você. Neste mundo, só há trevas
atualmente, é preciso procurar a claridade do lado do Céu.
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
P.S.
28 de março. Se, contra minha expectativa, achasse, na sua
chegada na França, perturbações graves e impedimentos para vir a Paris, poderia
vir a Chaville ou, em caso de impossibilidade, ir até Amiens ou Angers.