1624 - ao Sr. de Lauriston
Limpeza de
Chaville. O Sr. Georges pede para ir a Nantes. Questões financeiras. Rezar
muito, “todos os recursos humanos parecem atingidos pela nulidade”.
[26
de março de 1871]
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Responderei
apenas duas palavras à sua boa e afetuosa carta. Minha cabeça se tornou lenta e
mal disponível há algum tempo, e quase não consigo escrever sem um ajudante ou
secretário. O Sr. de Varax, que me ajuda temporariamente, está ausente. Seu
auxílio me faz falta. Estou aqui em Chaville há alguns dias e, enquanto em
Vaugirard nossos irmãos afadigam-se para recolocar em boa condição seus
prédios, sucessivamente avariados pelos obuses prussianos e devastados por
nossos corpos militares que, durante seis meses, fizeram deles uma caserna para
seu uso, esforço-me aqui, não por reparar, o que será para nós a tarefa, talvez
impossível, de vários anos, mas de limpar, desinfetar, esvaziar dos lixos e
estercos, as salas, todos os interiores, tão empestados que os locais
convertidos em currais parecem ter sido os menos mal utilizados. Tenho pouca
gente para esse trabalho, nossos irmãos estão dispersos e os operários faltam.
Todos os subúrbios têm ao mesmo tempo imensas reparações e obras de saneamento
a efetuar, é tarefa de paciência. Peça-a por nós.
Não
saberia responder desde já ao pedido que me faz de ir até Nantes. Como é no
caminho reto que passe por Paris, veremos se as circunstâncias permitem que
essa satisfação lhe seja concedida. Não presumo que haja impedimento.
Por
pouco que sua volta entre nós seja adiada, peço-lhe para escrever a seu
encarregado de negócios para saber como estão suas rendas. Grenelle está
sofrendo e um pouco de ajuda viria no momento muito próprio. A respeito das
ações que me entregou nas mãos, estão confiadas à guarda de nosso irmão, o Sr.
padre Faÿ. Dizem-me que, atualmente, não se paga nenhum atrasado desses
títulos. Tinha pago à minha irmã o que lhe era devido até o dia 15 de outubro
último. Para o trimestre vencido em 15 de janeiro, não foi pago. Apenas
adiantei 100f
ao filho de minha irmã, com a autorização desta última.
Rezemos
muito. Todos os recursos humanos parecem, ao nosso redor, em política
sobretudo, atingidos por uma absoluta nulidade. A potência está nas mãos de
Deus: levavi óculos in montes unde veniet auxilium mihi.[levantei os
olhos para os montes, de onde me virá o auxílio]
Cordiais
afeições a meu filho Emile [Beauvais].
Seu
devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost