1625 - ao Sr. de Varax
Encorajamento
a vir a Paris sem medo. Concessões a fazer ao Sr. Caille. Necessidade de um
ajudante dedicado.
Segunda-feira,
27 de março de 1871
Meu
caríssimo amigo e filho em N.S.,
Não
entendo que minhas cartas não lhe tenham chegado. Respondi sem demora às que me
escreveu e levei em conta as perguntas que continham. Hoje, recebo, às 4h.1/4
somente, a que me endereçou ontem. Vou enviar minha resposta em
Versailles, mas duvido que lhe chegue, como acha, amanhã de manhã em Amiens: a
hora das saídas deve ter passado.
Acho
que pode vir sem inquietação. Pode ser bom que use vestes leigas. O Sr. Audrin
deve tê-las levado a Saint Charles. Assegurou-me, várias vezes, que seria feito
exatamente assim. No entanto, não parece que haja grande necessidade, muitos
eclesiásticos circulam sem essa precaução. O Sr. Planchat, que sai daqui, me dá
certeza disso. Faça, no entanto, o que lhe parecer o mais seguro. Acho que será
desejável que, atualmente, você esteja, na maior parte do tempo, em Chaville. As
correspondências são levadas para lá. Quanto a mim, vou a Vaugirard ao menos
aos sábados.
Acho
que se pode, em espírito de conciliação, dar o Sr. Marcaire ao Sr. Caille,
convidando ambos a não separarem de coração as duas casas e a tenderem, ao
contrário, a tornar suas relações íntimas e freqüentes. Meu medo é que o Sr.
Trousseau não esteja de acordo. Será totalmente desejável que o Sr. Marcaire
assista, na rua de Noyon, a alguns exercícios comuns. Não será, talvez, sem
alguma dificuldade.
Para
o Sr. Boiry, respondia, na carta em que lhe falava dele, que a ele cabia sondar
conscienciosamente suas disposições, que, após sua volta para cá, estaria mais
em condições de pronunciar um julgamento esclarecido. Não sei se teremos seu
lugar em
Vaugirard. Tentaremos, no entanto, se o trouxer de volta
consigo. É certo que não poderia ficar em Amiens. Sua carta me
pareceu muito estranha.
Acho
que, com efeito, será preciso chamar de volta Frézet, já que estaria fora de
contexto e sem lugar conveniente em Tournay.
Adeus,
meu caríssimo amigo. Senti vivamente nestes dias o quanto sua presença me era
necessária. Não sei mais andar, moral e fisicamente, sem um braço amigo que me
sustente. Nossos irmãos do Conselho, que se recusavam até agora a reconhecê-lo,
foram melhor esclarecidos em nossa última reunião435[141].
Acho que o bem de nossa Congregação ganhará muito com isso.
Até
amanhã ou depois de amanhã. Vou pedir a São José para lhe preparar uma boa
viagem e para fazer frutificar tudo o que semeou em Amiens e em Tournay.
Seu
todo afeiçoado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost
Lembranças
devotadas a nossos irmãos.