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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1601 - 1700 (1870 - 1872)
    • 1635 - ao R.P. Brichet
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1635 - ao R.P. Brichet

O Sr. Le Prevost agradece a um Pe. Spiritano do Seminário Francês de Roma pelo apoio prestado aos irmãos de Roma. Consulta para as diligências a fazer em vista de obter um Vigário Geral.

 

Chaville, 10 de maio de 1871

 

Meu Reverendo Padre,

 

Não foi sem pesar que convidei os de nossos irmãos que tinham a consolação de viver em Roma a deixar essa cidade santa, tão cara às almas cristãs. Hesitava tanto mais para fazê-lo que me parecia entrever que seu sentimento era contrário a essa volta e, posso dizê-lo em toda a verdade, cheio de confiança em sua experiência, penetrado, sobretudo, de uma viva gratidão pelos testemunhos sem número de sua benevolência para com nossa família religiosa, inclinava a seguir seu parecer em lugar do meu. Mas na falta, presentemente, de toda função em Roma que fosse conforme a sua vocação, pensei que podia, sem inconveniente chamá-los temporariamente, com a ressalva de mantê-los disponíveis desde que poderiam, perto de você, tornar a prestar alguns serviços à causa da Igreja e de seu Chefe, tão profundamente venerado.

 

     Não preciso dizer-lhe, meu Reverendo Padre, com que alegria nossos caríssimos Romanos foram acolhidos por todos os membros de nossa família que o temporal revolucionário não dispersou. Nossos irmãos de Roma, reunidos aos que estão comigo aqui, ainda cuidam dos militares, mas nas ambulâncias que são estabelecidas em nossos campos como sucursais das de Versailles. O Senhor o disse: Em todo o lugar se encontram misérias a aliviar.

 

            Os jornais o informam de todas as tribulações dos servos de Deus nessa lamentável tormenta e tenho certeza absoluta de que seu coração tão francês fica profundamente comovido. Mas onde, então, hoje o espírito do mal não suscita a perturbação? Sua cara cidade de Roma, asilo ordinário de todos os perseguidos, refúgio de todas as almas que sofrem, não é, ela mesma, vítima das agitações dos partidários do inferno? Esperemos que o Arcanjo São Miguel se desprenda um dia do castelo Santo Anjo e venha precipitá-los no abismo.

 

Aproveito a ocasião, meu Reverendo Padre, para pedir seu parecer no tocante a um assunto grave para nossa Congregação.

 

            Bem cansado de corpo e de espírito por uma administração de mais de 25 anos, sinto a necessidade, para não prejudicar o bem de meus irmãos e de nossas obras, ou de me retirar inteiramente da direção, ou, ao menos, de ser quase inteiramente substituído no governo habitual. Nossas Constituições me dão, a esse fim, uma faculdade de que desejaria aproveitar. Nos termos de um artigo que contêm, o Conselho ordinário da Congregação pode designar, para o Superior Geral, impedido por suas enfermidades, um Vigário Geral que o substitui em sua administração. A nomeação desse Vigário deve ser aprovada pela Santa Sé. Essa disposição foi, a meu pedido, efetuada pelo Conselho de nossa Congregação. Restaria ainda agora solicitar a aprovação da Santa Sé. Poderia, meu Reverendo Padre, dizer-me em que forma devo fazer meu pedido? É ao Santo Padre diretamente ou à Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares que deve ser dirigido? É absolutamente necessário que o nome do Vigário Geral designado seja colocado no requerimento? O membro escolhido pelo Conselho ainda hesita para dar sua adesão, não posso, no momento em que escrevo, apresentá-lo pelo nome. Pensei, para abreviar os prazos, poder, no entanto, pedir-lhe de antemão essas informações.

 

Não tenho, meu bom Padre, de assegurá-lo de nossa bem profunda e bem viva gratidão por todos os apoios que nos deu, por todos esses encorajamentos de que nossa fraqueza precisava para assentar-se no posto de confiança onde fomos colocados em Roma. O bom Mestre sabe quantas vezes lhe agradecemos e com que ardor Lhe pedimos para pagar nossas dívidas para com você e para com sua cara Congregação. Queira ainda, meu bom Padre, lembrar-se diante dele desta pequena família que seu venerado fundador abençoou na sua origem e que, por uma disposição da divina Bondade, seus filhos continuaram até agora a encorajar por suas caridosas e tão cordiais simpatias.

 

Receba aqui, meu caríssimo Padre, os respeitosos sentimentos de todos os nossos irmãos e os em particular de

 

Seu bem devotado servo e confrade em N.S.

 

                                               Le Prevost  

 

 




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