1637 - ao Sr. d’Arbois
Providências para deixar o Coral de Angers. Fazer isso
no espírito de São Vicente de Paulo: desatar em vez de quebrar. MLP. aguarda a
decisão do Sr. de Varax sobre a aceitação do posto de Vigário Geral.
Chaville, 13 de maio de 1871
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Acuso recepção, sem demora, dos 100f que me endereçou para um
trimestre da pensão da Sra. Lainé. Esse dinheiro chegou ontem somente em minhas
mãos. Entreguei-o ao Sr. Edouard Lainé que está conosco em Chaville. Fará
com que chegue à sua destinação última.
Recebemos com prazer a notícia dos primeiros
resultados que obteve para a preparação de sua hospedaria. É promissor para o
sucesso desse projeto. Achará, sem dúvida, que seria bom se limitar, por
enquanto, à procura do local que poderia convir, sem firmar nenhuma convenção
até o restabelecimento da ordem política e até a decisão que deve intervir
definitivamente no tocante à supressão, para nós, do serviço do Coral.
Acredito, como você, que se tornou muito difícil para nós manter nossa
cooperação a essa obra. Desejaria somente que, ao manifestarmos nossas vistas
sobre esse ponto a Dom [Freppel] de Angers, evitássemos com cuidado dar a
impressão de forçá-lo a resolver a questão. Com a forma deferente que saberá
encontrar, chegaremos ao nosso intento sem nenhum choque penoso. Era no
espírito de nosso Pai São Vicente de Paulo desatar em vez de quebrar.
Espero que, graças a seus cuidados afetuosos, o Sr.
Guichard possa retomar pouco a pouco o espírito e o comportamento conformes à
sua vocação. Como está dizendo, tem uma alma reta e cordial que pode torná-lo
bem próprio ao serviço de nossas obras. Vou me referir a seu sentimento para
sua mudança no mês de outubro, se acha sempre que deve se efetuar.
A dificuldade financeira, que pode lhe causar o legado
feito pelo Sr. de Quatrebarbes aos hospícios da importância de 8.000f,
emprestada a Notre-Dame des Champs, chegaria bem intempestivamente neste
momento. Esperemos que a Providência nos poupe esse novo embaraço. Mostrou-se
bem materna para você em Angers, é de se pensar que Ela ainda lhe será
favorável.
Escrevi a Roma, como o Sr. de Varax lhe disse, para
nosso grave negócio. Mas a resposta que aguardo ainda não resolverá a questão,
já que tive de me limitar a tomar informações sobre a forma a seguir no pedido
de aprovação que devo fazer à Santa Sé. O Sr. de Varax, não dando até agora um
pleno consentimento, não me permitiu resolver de uma só vez essa disposição.
Tenho, porém, a esperança fundada de que se decida. O trabalho que faz sobre o
Congresso, por um lado, e uma breve estada que projeta nas águas de Allevard,
por outro lado, são, acho, as únicas causas reais que atrasam sua adesão.
Continuemos a rezar e poderemos, espero, num brevíssimo prazo, chegar a uma
feliz conclusão. Ele está agora em Versailles, sempre para os assuntos do
Congresso que tomou extremamente a peito. É nosso caro padre Chaverot,
recentemente chegado de Roma, que quer bondosamente hoje me servir de
secretário. Une-se a mim para assegurá-lo, assim como nossos irmãos de Angers,
de nossos muito afetuosos sentimentos em N.S.
Seu devotado amigo e Pai em N.S.
Le Prevost