1663 - à Sra. Marquesa de Houdetot
A
respeito do casamento de seu filho. Relações com as famílias de Saint Maur,
Benoît d’Asy e Cochin.
Chaville, 24 de julho de 1871
Senhora Marquesa,
Aguardava a carta que quer bondosamente me escrever e
estava com muito anseio de conhecer o resultado da viagem que fez no Nivernais,
para resolver o negócio tão grave que interessa o futuro de seu caro filho. Não
preciso dizer que rezo muito por ele e pela Senhora, e por todos os seus, no
Santo Sacrifício da Missa, numa circunstância de tal importância. Se suas
insistências maternas não me tivessem incitado, o teria feito por mim mesmo.
Vou, em particular, fazer com os que me cercam uma novena nessa intenção.
Parece-me,
como à Sra., que as coisas se apresentam com sinais providenciais e se pode,
com razão, esperar que se determinem no melhor sentido possível, pois nada empreendeu
sem pedir luz e socorro de cima, querendo apenas a vontade do Pai Celeste a
respeito de seu caro filho e desejando antes de tudo colocá-lo numa boa e
cristã família.
Tenho certeza absoluta de que, sob esse aspecto, a
escolha que se trataria de fazer aqui preencheria bem suas vistas. Conheci
muito, nas obras caritativas, os dois Srs. de Saint Maur, o futuro sogro de seu
caro filho e seu irmão. Seus costumes cristãos dignos e distintos faziam deles
moços (jovens naquela época) que eram muito notados e particularmente
estimados. Sua aliança com a família Benoît d’Azy, da qual conheço também
alguns membros, e com a qual vários dos que me cercam têm relações, me foi
também uma ocasião de segui-los em sua carreira. Enfim, conheço intimamente o
Sr. Cochin, de quem as circunstâncias, há muito tempo, me reaproximaram
habitualmente, sua benevolência para com nossas obras nos tendo sido de um
constante apoio. Ontem, precisamente, veio nos visitar aqui, em Chaville, com
seus três filhos, a respeito de um pedido concernente à nossa casa, muito
prejudicada pela ocupação prussiana. Com muito pesar, ainda não tinha sua
carta, caso contrário, teria tomado a dianteira e teria conversado com ele
sobre os pormenores que contém. Sou bem persuadido de que toda essa família
deseja a aliança projetada, mais ainda do que a sua, e que toda intervenção é
supérflua. Porém, se desejar, Senhora, que tenha ocasião de falar nisso com o
Sr. Cochin ou de lhe escrever, seria fácil para mim encontrá-la.
Fico feliz por sabê-la perto de seu caro tio, que é de
tão bom conselho e que lhe é tão fortemente apegado. Queira, Senhora,
oferecer-lhe minhas boas lembranças, assim como à sua família, pela qual sinto
uma respeitosa simpatia. Mil respeitos também à Senhora sua mãe, e enfim todos
os meus melhores votos para o caro Sr. Richard. Estou persuadido de que o bom
Padre Olivaint, que o amava particularmente, velará sobre ele e o abençoará do
alto do Céu onde triunfa hoje entre as legiões dos mártires.
Queira aceitar, Senhora Marquesa, todos os meus
sentimentos de respeito e de devotamento sincero em N.S.
Le Prevost
P.S. Recomendo o orfanato de Putanges em toda ocasião,
fi-lo ainda nestes dias passados. Não esqueço o pedido de sujeitos para Lille.
Tournay, em conseqüência dos acontecimentos que nos empurraram para lá, vai
reter 5. Acabamos de perder, por uma doença de bexigas, um dos que trabalhavam
ali mais ativamente, o irmão Jean-Marie [Tourniquet], homem de um grande
coração e de uma ardente caridade.