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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1601 - 1700 (1870 - 1872)
    • 1677.1 - ao Sr. Keller
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1677.1 - ao Sr. Keller

O Sr. Le Prevost pede ao deputado Emile Keller para intervir em favor de seu sobrinho, acusado de ser partidário da Comuna (Rascunho do Sr. Le Prevost escrito pelo Sr. Chaverot).

 

 Agosto 1871

 

Meu caríssimo amigo,

 

Meu sobrinho, Emile Salva, por ocasião da tomada de Paris, no fim do mês de maio último, foi preso como partidário da Comuna. Desde então, está detido no navio do Estado le Tourville, em Cherbourg. É perfeitamente inocente de toda cumplicidade e participação nos atos que entristeceram nossa pobre França. Posso atestá-lo com toda a segurança. Por isso, redigi nesse sentido uma nota destinada a esclarecer seus juízes.

 

Venho pedir-lhe para ter a bondade de fazê-la chegar, seja ao general Appert, seja a todo outro chefe militar a cuja competência pertencem as causas desses presos, e para apoiá-la, ao mesmo tempo, com sua recomendação fundada na segurança positiva que tenho da não-culpabilidade de meu sobrinho.

 

Conto com sua bondosa amizade para me prestar esse bom ofício que será, ao mesmo tempo, um ato de justiça.

 

Permita-me aproveitar dessa circunstância para felicitá-lo por sua corajosa intervenção em favor do Santo Padre. Bendigo a Deus que lhe conserva servos tão firmes e tão devotados.

Peço-lhe...

 

O Sr. Emile SALVA, nascido em Duclair, Sena-Inferior, com 42 anos de idade, alferes de um regimento de marcha, foi preso no fim do mês de maio em Paris, como partidário da Comuna e, desde então, transferido a Cherbourg, onde ainda está detido presentemente no navio do Estado le Tourville.

Antes da guerra estrangeira, o Sr. Salga pertencia a uma administração civil. Desempenhava ali sua função com exatidão. Seus costumes eram de um homem amigo da ordem. Ninguém estava mais afastado do que ele desses detestáveis excessos da Comuna.

 

Quando a guerra com a Prússia começou, chamado para defender seu país nas fileiras da guarda nacional, desempenhou corajosamente, durante toda a campanha, as obrigações a ele impostas por sua patente de alferes.

 

Logo que a guerra civil sucedeu à invasão prussiana, resolveu escapar da pressão exercida sobre a guarda nacional e, doravante, somente sonhou em fugir de Paris. Não conseguiu, mas, até o último momento, foi seu pensamento, como testemunharam suas reclamações repetidas e como o atesta também a veste civil com que estava revestido no momento de sua detenção.

 

O abaixo-assinado, Superior do Orfanato de São Vicente de Paulo em Vaugirard, tio do Sr. Emile Salva, pode afirmar sobre sua consciência a perfeita exatidão do que precede e declara que seu sobrinho, por suas convicções e seus atos, ficou fora de toda participação nas desordens dos revoltosos, que as reprova, ao contrário, como todos os homens de princípios e de honra. Há três meses, no entanto, sofre uma detenção severa e é confundido com criminosos.

 

O abaixo-assinado espera que, levando em conta as informações produzidas por ele e das quais numerosas testemunhas poderão constatar a exatidão, a administração militar queira bondosamente examinar a causa do Sr. Salva e ordenar sua libertação.

 

                                                           [Le Prevost]

                                                               [Padre]

 




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