1731.1 - ao Sr. Leclerc
Votos
de ano novo.
Chaville, 30 de dezembro de 1872
Meu caríssimo amigo e filho em N.S.,
Sua boa e amável carta me causou uma doce alegria. Uma
recordação dos que amamos é preciosa em todo tempo, particularmente no começo
de um ano novo. Nesse momento, com efeito, passa-se como que em revista suas
afeições, para dar alguma marca de simpatia às que se encontram vivas e
persistentes em si. Parece,
então, que se diz a cada uma: o tempo não desgastou meus sentimentos, sou
sempre seu, eles são verdadeiros e profundos, o ano que começa não os verá
acabar.
Espero, caríssimo amigo, que será assim para nós. Não
responderei, quanto a mim, que durarei o ano todo neste mundo, mas, ao passar
para um outro, qualquer que seja o momento, deixarei atrás de mim apenas a
bagagem material, sem descuidar em nada do espiritual nem das coisas do
coração. Pode, então, contar que, em todo caso, não ficará esquecido.
Não separo de você, nesse sentido, seus caros irmãos,
o Sr. [Ad.] Lainé, embora pareça esquecer-se de todos aqueles que lhe são devotados,
e meu filho Léon Bérard, de quem acabo de receber uma boa pequena epístola.
Assegure ambos de minha cordial afeição e receba junto meus votos para você,
para suas obras, com a bênção que, do mais profundo de meu coração, lhe dou da
parte de nosso Pai que está nos céus.
Le Prevost