1804 - à Sra. Marquesa de Houdetot
Uma
melhora sensível. Confiar-se à boa vontade do Pai celeste.
Chaville, quarta-feira 21 de outubro de 1874
Senhora
Marquesa,
Apresso-me
a responder à sua viva e respeitosa preocupação com a saúde de nosso muito
venerado Padre Le Prevost. Conto, portanto, para me conformar a seus piedosos
desejos e a seu devotamento que me é bastante conhecido, fazer-lhe chegar
notícias de nosso bem-amado Padre todas as semanas, enquanto a divina
Providência me permitir fazê-lo ou estiver a propósito.
Há algum
tempo já, nosso bem-amado Padre não sofre mais com as dores agudas e
intoleráveis que lhe ocasionavam as sufocações. Uma secreção que se manifestou
nas pernas, das quais, acho, conhecia o estado, as desinchou muito e aliviou.
Em seguida, esse alívio, que Deus, em sua bondade, enviou ao nosso muito
querido Padre, lhe permitiu tomar, mas somente há quatro dias, repouso em sua
cama, benefício que não tinha provado desde a festa da Assunção.
Em suma,
nosso bom Padre experimenta neste momento uma melhora sensível e goza de um
repouso bem consolador. Quanto ao futuro, só Deus sabe, confiemo-nos em sua
bondade. Mas, aconteça o que puder, não vejo nada melhor do que conformarmo-nos
em tudo, como faz, Senhora Marquesa, à boa vontade de nosso Pai Celeste.
Queira
aceitar, Senhora, a expressão do profundo respeito de
Seu muito
humilde servo
E. Bouquet