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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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69 - ao Sr. LevassorFalecimento do Sr. Levassor, pai. Como seu amigo, “eleito do Senhor”, deve suportar sua provação. Visita dos pobres. Perseverança dos seminaristas.
12 de abril de 1837
Meu muito querido Amigo, A parte tão grande como sincera que tomei nas suas penas lhe estava tão certamente adquirida que não havia grande necessidade de lho dizer por escrito; não teria deixado de fazê-lo, todavia, se algumas ocupações e uns embaraços não me tivessem impedido. Faz bem, nessas tristes circunstâncias, ouvir gente a repetir o que já se sabe; é doce também e consolador estar cercado então de todas as afeições que sobram, a fim de sentir menos o vazio das que acabam de ser perdidas. Por isso, eu estava de coração junto a você, bem pode acreditar, meu caro irmão; pelo pensamento seguia todos os seus passos; via as cenas dolorosas que você havia de atravessar, os cuidados, os deveres que deviam sobrecarregá-lo; eu o lastimava e orava por você; Mas não esquecia, ao mesmo tempo, que você é o eleito do Senhor, o filho bem-amado da Mãe de Deus; ambos o guardarão, dizia a mim mesmo, aliviarão sua pena e suportarão com ele o fardo. Apresse-se, conjuro-o, meu caro amigo, de me certificar que não me enganei; que você, nesses dias de amargura, recebeu a visita do Senhor, que sua ajuda lhe foi presente assim como aos seus, e que essas dolorosas provações foram para sua divina misericórdia como que um pretexto para novas graças, para dons mais abundantes. Há também outros detalhes, que me será precioso conhecer, a respeito dos últimos dias e do fim de seu bem-amado pai. Agrada-me imaginar, de antemão, todas as coisas no sentido mais feliz, mas gostaria, porém, meu caro amigo, de que você confirmasse minhas esperanças. Não poupei minhas fracas orações, e antes, para obter que seu fim fosse santificado, e depois, para que o fim de toda a nossa vida fosse conseguido, quer dizer para que a paz, o descanso, a união eterna com Deus fosse adquirida para a alma que lhe foi aqui em baixo tão querida. Enfim, meu querido amigo, desejo ardentemente saber que esse doloroso acontecimento não terá nada que possa contrariar sua carreira, que você a quer seguir como Deus também o quer, penso eu, sem que os acontecimentos humanos, por graves que sejam por outro lado, possam desviá-lo dela. Não demore, peço-lhe ainda, meu caro amigo, em satisfazer, em todos esses pontos, minha solicitude de amigo e de irmão. Ficarei verdadeiramente agradecido a você por isso. Não quero acabar sem dizer-lhe algumas palavras a respeito de suas boas senhoras. É sempre a mesma posição, os mesmos sofrimentos, as mesmas necessidades, e a mesma instância também à sua caridade. Espera-se, com impaciência, uma carta de você. Nossos amigos são também mais ou menos tais como os deixou; nossa pequena sociedade se mantém bastante bem. Reze por ela que sempre conserva de você uma boa lembrança. Os do Seminário perseveram e correspondem às graças de Deus; faça como eles, meu caro irmão, é o voto mais caro de Seu todo dedicado amigo em J.C. Le Prevost
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