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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 69 - ao Sr. Levassor
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69 - ao Sr. Levassor

Falecimento do Sr. Levassor, pai. Como seu amigo, “eleito do Senhor”, deve suportar sua provação. Visita dos pobres. Perseverança dos seminaristas.

 

12 de abril de 1837

 

            Meu muito querido Amigo,

            A parte tão grande como sincera que tomei nas suas penas lhe estava tão certamente adquirida que não havia grande necessidade de lho dizer por escrito; não teria deixado de fazê-lo, todavia, se algumas ocupações e uns embaraços não me tivessem impedido. Faz bem, nessas tristes circunstâncias, ouvir gente a repetir o que já se sabe; é doce também e consolador estar cercado então de todas as afeições que sobram, a fim de sentir menos o vazio das que acabam de ser perdidas. Por isso, eu estava de coração junto a você, bem pode acreditar, meu caro irmão; pelo pensamento seguia todos os seus passos; via as cenas dolorosas que você havia de atravessar, os cuidados, os deveres que  deviam sobrecarregá-lo; eu o lastimava e orava por você; Mas não esquecia, ao mesmo tempo, que você é o eleito do Senhor, o filho bem-amado da Mãe de Deus; ambos o guardarão, dizia a mim mesmo, aliviarão sua pena e suportarão com ele o fardo. Apresse-se, conjuro-o, meu caro amigo, de me certificar que não me enganei; que você, nesses dias de amargura, recebeu a visita do Senhor, que sua ajuda lhe foi presente assim como aos seus, e que essas dolorosas provações foram para sua divina misericórdia como que um pretexto para novas graças, para dons mais abundantes. Há também outros detalhes, que me será precioso conhecer, a respeito dos últimos dias e do fim de seu bem-amado pai. Agrada-me imaginar, de antemão, todas as coisas no sentido mais feliz, mas gostaria, porém, meu caro amigo, de que você confirmasse minhas esperanças. Não poupei minhas fracas orações, e antes, para obter que seu fim fosse santificado, e depois, para que o fim de toda a nossa vida fosse conseguido, quer dizer para que a paz, o descanso, a união eterna com Deus fosse adquirida para a alma que lhe foi aqui em baixo tão querida.

            Enfim, meu querido amigo, desejo ardentemente saber que esse doloroso acontecimento não terá nada que possa contrariar sua carreira, que você a quer seguir como Deus também o quer, penso eu, sem que os acontecimentos humanos, por graves que sejam por outro lado, possam desviá-lo dela. Não demore, peço-lhe ainda, meu caro amigo, em satisfazer, em todos esses pontos, minha solicitude de amigo e de irmão. Ficarei verdadeiramente agradecido a você por isso.

            Não quero acabar sem dizer-lhe algumas palavras a respeito de suas boas senhoras. É sempre a mesma posição, os mesmos sofrimentos, as mesmas necessidades, e a mesma instância também à sua caridade. Espera-se, com impaciência, uma carta de você. Nossos amigos são também mais ou menos tais como os deixou; nossa pequena sociedade se mantém bastante bem. Reze por ela que sempre conserva de você uma boa lembrança. Os do Seminário perseveram e correspondem às graças de Deus; faça como eles, meu caro irmão, é o voto mais caro de

            Seu todo dedicado amigo em J.C.

                                   Le Prevost

 




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