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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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74 - ao Sr. LevassorInformações sobre os cursos do Seminário Saint-Sulpice. Atividades da Sociedade de São Vicente de Paulo e da Obra dos Aprendizes. Falecimento de dois confrades, entre os quais G. de la Noue. A Conferência St-Sulpice se expande para Saint François-Xavier des Missions. Dedicação do Sr. Urvoy de Saint Bedan.
Paris, 17 de fevereiro de 1838 Meu querido amigo e irmão,
É agora ou nunca a hora de cumprir a promessa de lhe escrever. Talvez você até esteja achando que já não dá mais tempo e que, para elaborar uma determinação sobre o assunto de que você me tinha falado, era-lhe necessário ter informações com maior antecedência. Ei-las, meu caro amigo. Restar-lhe-á ainda todo o santo tempo da Quaresma para refletir sobre a o assunto e para pedir conselho ao bom Deus. St Sulpice estudará depois da Páscoa o dogma da Graça, e, na moral, os Contratos. Não se saberia achar matéria mais importante, e tenho grande esperança de que você vai querer vir aqui trabalhá-la. Seus confrades Estève, Lambert, de Goy e outros o desejam também sinceramente. Procure satisfazê-los, se é por outro lado a vontade do Mestre supremo a quem você pertence.
Não sei se teve notícias de nossa pobre Senhora Houdan. Ela ainda definha, sempre enfraquecendo e declinando de um dia para outro. O Senhor cumpre nela a obra de uma purificação inteira. Esperemos que, após tantos sofrimentos, a julgará digna do céu. Seu filho mais velho chegou e se encontra junto dela. Estará próximo, para lhe fechar os olhos. É bem jovem, mas é uma lição bem grande também e bem solene a da morte de uma mãe e de uma mãe tão cristã. Esta lembrança lhe ficará e influirá sem dúvida utilmente sobre seu futuro. Já que estamos falando de assunto tão grave, devo dizer-lhe que, nestes últimos dias, perdemos nosso caro confrade Gustave de la Noue, o poeta, o escritor! Morreu nos sentimentos mais tocantes de piedade e de resignação. Um outro membro também de nossa secão Saint-Sulpice morreu no mesmo dia e foi enterrado na mesma hora. Foi arrancado em 24 horas por uma febre cerebral, e tão inopinadamente que nenhum socorro religioso pôde ser-lhe dado. Felizmente, ele vivia como santo. Espero que a morte não o tenha apanhado de surpresa.
Nossa pequena Sociedade, que lhe interessa sempre, vai bastante bem até agora. Além de várias seções novas que estão se formando no interior, três se estabelecem neste momento em Paris; em Saint-Nicolas, em Saint-Germain des Prés e nas Missões. Esta última é uma colônia de Saint-Sulpice. Ela se reúne na casa dos Lazaristas, perto das relíquias de nosso bem-aventurado padroeiro São Vicente de Paulo. Esperamos que isso lhe será fator de felicidade e que o espírito de caridade estará no meio dela. Nossos aprendizes vão bem, temos 15; o bom Sr. de Kerguelen ainda não os deixou. Uma loteria está em andamento para sustentar e ampliar essa pequena obra. Fala-se também de um sermão. Se tudo isso der certo, tentaremos ter uma nova série de aprendizes que seriam gravadores em bronze. Reze bem, para que Deus nos abençoe e que tudo isso seja puramente para sua glória.
Suas boas senhoras vão razoavelmente bem. O bom Sr. Urvoy83, aqui para um pouco de tempo, cuida da querida Senhora Delatre. A filha dessa pobre senhora definha tristemente e anda, acho eu, para um fim pouco remoto. Quantos mortos e moribundos! Meu caro amigo, esta breve carta está toda cheia deles; mas, falo nisso sem tristeza et você me ouvirá do mesmo jeito, pois todos morrem no Senhor e só podemos invejar sua sorte. Adeus, meu querido irmão, espero você logo, sua presença me fará bem e me encorajará a amar a Deus que sirvo com um certo movimento, mas, receio, sem muito progredir..... Adeus, rezo sempre por você, reze constantemente por mim.
Seu devotado irmão em J.C. Le Prevost |
83 Olivier Urvoy de Saint-Bedan (1812-1861), nascido perto de Nantes, tinha estudado em Paris e conheceu o Sr. LP. na Conférence St-Sulpice. Seu pai tendo-se oposto à sua vocação religiosa, foi somente em 1859, com mais de 46 anos, que foi recebido no Instituto. “Pelo desejo, é o primeiro de todos os nossos Irmãos que quis, bem antes de 1845, se unir a nosso Fundador para se dedicar às obras caridosas.” (G. Courtin, Nos premiers frères autour de leur père, 1974, ASV.). O Sr. LP. escreverá que “era o mais santo entre nós; praticava as virtudes religiosas em um grau bem raro de nosso tempo”. (carta 747). |
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