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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 1 - 100 (1827 - 1843)
    • 98 - ao Sr. Levassor
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98 - ao Sr. Levassor

Providências junto a um estatuário. Retiro pascal em Notre-Dame pelo Pe. de Ravignan. Esperança de ver se acordar a fé nos operários.

 

Paris, 24 de maio de 1843

 

     Meu caríssimo irmão,

 

            Meu silêncio pode lhe fazer acreditar que descuidei de sua recomendação concernente ao grupo de N.D. des Douleurs. No entanto, não é nada disso; estive, não saberia dizer quantas vezes, mas quatro ao menos, com o Sr. Dubucoy a esse respeito. Como cada vez ele esquecia as dimensões, tomei o partido de redigir-lhe uma nota detalhada, com todas as informações que você me havia transmitido. Ele tinha-se manifestado plenamente satisfeito com isso e me prometera solenemente que dentro de oito dias o envio seria feito. No entanto, tornei a ter com ele depois, repetidamente, nova promessa, novo adiantamento, alegação de negócios, de embaraços múltiplos, é tudo o que posso obter. Fico um pouco desesperado com ele, para dizer-lhe a verdade, pois vejo que este excelente Sr. Dubucoy não leva nada a termo e justifica o que me havia sido dito: que ele está cansado e um pouquinho envelhecido. Diga-me, caro amigo, o que devo fazer e seguirei suas instruções.

 

            Penso que a Quaresma não passou para você sem grandes cansaços. Não o lastimo, se sua saúde é bastante robusta para suportá-los. Ficaria bem contente de ter uma palavra a esse respeito em sua próxima carta. Dona Delatre tinha ouvido dizer vagamente que você tinha sofrido um pouco; isso nos deu alguma inquietação, você a dissipará, espero, inteiramente, informando-me que está restabelecido e disponível como sempre, para as obras de Deus.

 

            Nosso divino Mestre é servido aqui também com um zelo e uma caridade bem edificantes, considerando-se, pelo menos, o longo esquecimento de que se queixavam, há poucos anos atrás ainda, com tanta razão. O retiro de Notre-Dame, seguido por um número imenso de homens de toda idade e de condições diversas, foi coroado por uma comunhão geral, da qual perto de três mil homens tiveram a felicidade de tomar parte. Os operários tiveram sua vez; em S. Marguerite, isso era, asseguram, admirável. Ontem, em S. Sulpice, vi com meus próprios olhos, uns seiscentos operários enchiam a nave, aproximaram-se da santa Mesa com um recolhimento e uma piedade que o teriam, caro amigo, vivamente enternecido.

 

            À noite, eram oitocentos ou mil no local de sua assembléia; a reunião foi cheia de interesse, terminou com uma Bênção Solene do Santíssimo. Se esta boa obra se espalhar em todos os bairros, Paris e em seguida a França inteira serão salvos; reze bastante, caro amigo, para que o Senhor abençoe este feliz começo.

 

            Amo você sempre com muita ternura no Coração de J. e de M.

 

                                               Le Prevost

 

 




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