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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 101 - 200 (1843 - 1850)
    • 150 - ao Sr. H. Taillandier
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150 - ao Sr. H. Taillandier

Alegria do Sr. Le Prevost por trabalhar nas Obras de caridade.

 

Duclair, 23 de agosto de 1846

            Caro Confrade e amigo,

            Não quero que minha primeira correspondência parta daqui sem levar-lhe algumas linhas. Se nada tenho de particular a lhe mandar, tenho necessidade pelo menos de me apresentar à sua lembrança e de assegurá-lo novamente de minha terna afeição.

 

            Fugi às pressas, logo após nosso retiro, deixando-lhe muitos cuidados a tomar e negócios a resolver, mas o fiz  sem medo, sabendo bem que, melhor do que nenhum outro, você pode prover tudo, e que o previsto como o imprevisto será perfeitamente tratado por seu zelo, tão inteligente e tão caridoso. Pensei também, caro amigo, que você desculparia com benevolência minha partida um pouco precipitada. Melhor do que outro, você viu de perto o quanto meu pobre espírito está estafado e o quanto meu corpo esgotado tem necessidade de se refazer. Desejei aproveitar esses últimos dias lindos, para retomar um pouco de forças, bem decidido a não poupá-las na minha volta, se aprouver ao Senhor devolver-me algum vigor.

 

            A alegria que tenho de ver nas suas mãos todos os interesses tão queridos de nossos pobres, a Conferência, a Santa Família, os Aluguéis, estes meios diversos que o bom Deus nos dá para fazer um pouco de bem, minha alegria, digo, não é sem inquietação; penso que o apoio tão fiel, posso dizê-lo, caro amigo, o mais constante, o mais dedicado que já tenha  encontrado, pode ser-me retirado de um momento para outro, em parte ao menos, todo inteiro talvez; mas repouso-me na divina bondade que tinha concedido você à minha fraqueza e que não abandonará, espero, as poucas obras que seu amor fez nascer.

 

            Rezo sempre por você, caro amigo, peço ao Senhor para iluminá-lo,  conduzi-lo, levá-lo, se precisar, em seus braços até o lugar onde sua sabedoria o quer. Não deixe de me  informar de tudo o que lhe diz respeito: nada me é mais caro e me interessa tanto. Escreva-me bem depressa; tenho necessidade de ter notícias suas e de todos os nossos bons amigos, de quem ainda vejo daqui todos os doces e excelentes rostos, amorosos, abertos e sempre acolhedores. Não os chamo pelo nome, transmita a todos esses irmãos dedicados mil ternas afeições por mim; não escrevo ao irmão Deslandes, achando que foi embora; escreverei uma cartinha ao Sr. de Marcilly se ele for bem comportado e se trabalhar como ele me prometeu. Vi o irmão Paillé antes de minha partida. Ele achava que qualquer coisa diferente já estava iniciada; se for o caso, ele se entenderá com você. Ofereça meu respeito a seus excelentes pais.

 

            Adeus, caro amigo, abraço-o com ternura; reze um pouco por mim, irmão, amigo

 

                                               Le Prevost

 

            Proporcione-me alegria ao  dizer-me se o Sr. Cornudet, 7 rua Madame, está em Paris; senão, dê-me seu endereço no interior, se ele não for esperado bem proximamente.

 

 




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