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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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208 - ao Sr. LevassorImportância do elemento sacerdotal no Instituto, para que as Obras atinjam sua finalidade. A obra essencial por excelência para o Sr. Le Prevost: uma comunidade de homens consagrados a Deus na vida religiosa e dedicados ao apostolado junto aos operários e aos pobres.
Paris, 19 de setembro de 1850
Caríssimo amigo e irmão em N.S.,
Sua boa carta se cruzou com uma pequena epístola que acabo de escrever às senhoritas Lesueur, para pedir-lhes que apressem sua resposta. Ela atrasou, como o tinha um pouco presumido, unicamente por sua ausência e pelas excursões caridosas, que você acaba de empreender.
Ficarei bem feliz por oferecer pessoalmente meu respeito ao seu venerável Pároco, e o agradeço muito de antemão pela visita que prometeu me fazer. Estou em Grenelle, rua do Comércio, 75, às terças-feiras e às sextas-feiras o dia todo; nos outros dias, em Paris, rua do Regard (fora o domingo), do meio-dia a uma hora e muitas vezes a manhã toda.
O bom jovem de quem lhe falei consentiria dificilmente em engajar-se para o futuro, mas, para aliviar sua carga, ele poderia prover a manutenção de sua vestimenta, por meio de algumas pequenas importâncias que sua mãe acha possível fazer-lhe chegar.
Ofereça muitas vezes ao bom Deus, peço-lhe, pois me pareceria vir dele, o bom pensamento que o incita às vezes a unir-se a nós. Somos bem pequenos, bem fracos e, no entanto, o bom Deus nos ampara, abençoa nossos humildes trabalhos e diz ao nosso coração que aceita nosso empreendimento. Em todas as nossas obras, tendemos ao bem das almas, nosso único fim é trazê-las a Deus; mas, quando as ganhamos, a quem conduzi-las? Os padres, todos zelosos e benevolentes, sem dúvida, são ocupados e cheios de mil compromissos, só podem nos dar momentos, em vez de apoiar nossas obras e de desenvolvê-las com continuidade. Nossa pequena associação só achará seu complemento em sua união íntima com alguns santos padres que quiserem bondosamente, na caridade e na humildade do Senhor Jesus, aceitar-nos como irmãos e como amigos. Não é de hoje, caríssimo amigo, você se lembra, que é questão, para nós, de associar nossos esforços. Desde nossos inícios no exercício da caridade, tínhamos pensado nisso seriamente. Mas, para realizar enquanto estiver vivo tão desejável união, não se deveria afastá-la para um longínquo indefinido; estou sempre doentio e meus dias, os tenho somente por favor, não podendo contar com um longo futuro. Pense nisso, caro amigo e irmão em N.S. e peça ao divino Pai suas santas inspirações.
Temos, neste momento, uma necessidade mais do que comum do socorro de suas orações. Diversas coisas estão se movimentando ao nosso redor, que poderiam influir sobre nossa pequena Comunidade (quanto aos seus destinos). Muitos elementos se apresentam e parecem com boa disposição; vão fraquejar como tantos outros que nos apareceram? É o segredo de Deus, estamos em suas mãos. Por outro lado, dois ou três de nossos amigos do interior teriam a intenção de unir suas obras às nossas. Eles sentem que uma fusão íntima, absoluta, seria o melhor meio, mas encontram algumas dificuldades. Virão a nós? Então deixam por um tempo as obras por eles iniciadas. Iremos, nós mesmos, a eles? Mas somos ainda poucos demais e já sobrecarregados demais para nos separar ainda. Aí está o ponto a definir. Parece-me que as obras têm uma importância acessória. Nascem às centenas todos os anos e andam tão bem como podem no estado das coisas. Mas a obra essencial por excelência e primeira seria formar e unir, em uma associação forte e estável, operários dedicados, que sustentem e ativem todas essas obras atualmente agonizantes, por lhes faltarem apoios estáveis, homens desprendidos dos cuidados e dos interesses do mundo, que possam, não se emprestar, mas se doar, se entregar por inteiro. Esse é nosso pensamento, o termo de nossas aspirações. Você, caríssimo amigo, que uma tão terna caridade une a nós, peça todos os dias, conjuro-o, ao Senhor que Ele esteja conosco e oxalá também, como marca de seu amor, Ele lhe incline totalmente o coração para nosso humilde empreendimento. Acredite-me, nos Corações divinos de J. e de M., Seu amigo e irmão
Le Prevost
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