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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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248 - ao Sr. CailleAs pequenas Comunidades permitem laços mais estreitos. Não se pode, portanto, afrouxar esses laços sem que elas sofram. Como vão as jovens vocações. O Sr. Le Prevost anuncia-lhe a aquisição do terreno e dos edifícios de Vaugirard.
Paris, 12 de julho de 1853
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Não tive a satisfação de ver os excelentes Srs. que me trouxeram sua carta, fiquei muito sentido por isso e espero que uma outra ocasião me será mais favorável. O Sr. Vasseur, que os viu, ficou sabendo por intermédio deles que podíamos esperar vê-lo domingo próximo; seria para todos nós uma grande alegria, para mim em particular, caríssimo amigo, que muitas vezes sinto uma espécie de tristeza por vê-lo tão raramente. Quando as comunidades são muito numerosas, fazem colônias e, necessariamente, os irmãos ficam longe uns dos outros; mas, quando ainda formam apenas uma pequena família, os laços são tão estreitos, que não se pode afrouxá-los sem sofrimento. Aceito, todavia, caro amigo, nisso como em tudo, a santa vontade de Deus, e o bendigo todas as vezes que Ele nos permite aproximar-nos por alguns instantes.
Tinha mandado avisar a roupeira para aprontar o pequeno pacote de Jules Sausset, mas ela não foi encontrada em casa quando seus jovens Confrades vieram; portanto, os objetos reclamados ser-lhe-ão entregues quando você vier.
Estou muito feliz por ficar sabendo que o jovem Marcaire vai um pouco melhor; creio que ele tem muito respeito e afeição para com você e que se corrigirá aos poucos de seus maus costumes, se você continuar dando-lhe seus bons conselhos. Ele escreveu a seus pais uma pequena carta que os encantou. Dizia que começava a entender, sob sua direção, o que era o bom caminho e que sentia um verdadeiro desejo de andar nele. Você também não deseja nada diferente, caro amigo, senão ver esses pobres meninos seguir o caminho reto; espero que este menino lhe deverá sua salvação.
O irmão186 dele vai sempre bem entre nós; pede-lhe para confirmar a Alberto que pensa nele muitas vezes diante de Deus. Ficarei bem satisfeito, se você vier aqui, de ser apresentado por você ao Sr. Padre Cacheleux. Tudo o que me disseram de seu zelo e de suas virtudes me faz desejar conhecê-lo. Ele é, aliás, tão bom para você e para suas obras, que me deve ser caro, por esse motivo que lhe merece toda a nossa gratidão.
Fomos mais rápidos do que você em nossa obra de órfãos; espero que isso aconteça pela vontade de Deus, e não por nossa inspiração própria. Impelidos pelo pedido de um aumento considerável que nos fazia nosso proprietário em nosso aluguel, e vendo, por outro lado, que não poderíamos nos estabelecer completamente nesse local, sem gastos bastante consideráveis, chegamos a uma decisão: apesar de nossa pobreza, adquirimos, em Vaugirard187, um local bastante vasto com alguns edifícios que, bem adaptados, poderão receber nossas crianças e nós. É um ato um pouco ousado em nossa posição, mas temos rezado bastante antes de agir, fomos também atrás de sábios conselhos, esperamos, portanto, que o Senhor estará conosco. Una suas orações às nossas, caríssimo amigo, para que levemos esse empreendimento a bom termo.
Adeus, caríssimo amigo, todos os nossos irmãos o reverão com alegria e o esperam impacientemente; até lá, abraço-o ternamente em N.S.
Seu afeiçoado e devotado amigo e Pai em J.C.
Le Prevost
Esquecia de dizer que nosso irmão Casimir Michel, muito bem restabelecido de sua doença, está novamente no meio de nós há alguns dias.
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186 Jules Marcaire (1832-1918) originário de Lille, havia entrado em Comunidade no dia 2 de abril precedente; nomeado no Orfanato da rua de l’Arbalète, irá em seguida a Vaugirard e Amiens. Será um modelo de vida religiosa e de simplicidade. 187 A Comunidade se achou rapidamente apertada na rua de l’Arbalète. “Não estávamos em propriedade nossa e não tínhamos dinheiro” (Sr. Myionnet). Segundo este último, o Sr. LP. se teria dirigido assim ao Senhor: ”Vejo claramente que não quereis que residamos na casa dos outros; uma Comunidade que começa (...), é preciso que esteja em casa própria. Se tal é, de verdade, vossa vontade, dai-me um sinal”. Ora, uns benfeitores se apresentaram (entre os quais o Sr. e a Sra. Taillandier). O Sr. LP. achou, do lado de Vaugirard, no sul-oeste de Paris, no ângulo da rua du Moulin e da rua des Vignes (hoje rua Dombasle e Dantzig), uma vasta propriedade. O contrato é assinado no dia 15 de julho de 1853 e é no dia 8 de fevereiro de 1854 que a Comunidade e o Orfanato se instalaram ali. |
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