Índice | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Ajuda | Biblioteca IntraText
Jean-Léon Le Prevost
Cartas

IntraText CT - Texto

  • Cartas 201 - 300 (1850 - 1855)
    • 272 - ao Sr. Caille
Precedente - Sucessivo

Clicar aqui para ver os links de concordâncias

272 - ao Sr. Caille

O Sr. Le Prevost apóia o projeto de compra de uma nova casa em Amiens. Mas faz questão de saber quais serão as suas finalidades. Querer somente o que Deus quer.

 

Saint Valéry-en-Caux, 5 de setembro de 1854

 

            Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

            Nosso irmão Myionnet me manda sua última carta a Saint Valéry,  onde vim passar três ou quatro dias, para  ver o irmão Paillé, indo à casa de minha irmã, onde devo ficar até terça-feira. Essa ausência, por breve que seja, é ainda longa demais, pois não podemos muito nos afastar da casa sem inconveniente. Acho em particular hoje o de ter perdido a visita do Sr. Decaix, que desejava muito conhecer; mas espero que ele não terá deixado Paris quando eu retornar para lá, na terça-feira próxima, 12. Sei qual é seu zelo pelas obras e todo o bem que ele pode fazer nelas.

 

            Aprovo seu projeto para a compra da casa contígua à que você adquiriu; receio somente que suas buscas de subscritores chamem a atenção, atraiam concorrentes e façam, pelos lances, encarecer a casa, além de seu valor. Procure agir sem muito barulho, assim como você faz habitualmente. O caso parece pedir essa atitude.

 

            Não duvido de que o irmão Myionnet, que leu sua carta antes de mim, tenha pedido as orações da Comunidade na intenção deste projeto; o irmão Paillé e eu uniremos as nossas às dele e faremos a Santa Comunhão no mesmo pensamento. Todos queremos somente a glória de Deus e sua santa vontade; tenho plena certeza de que você renunciará a esse projeto sem nenhuma dificuldade, se não for evidente que Deus o quer; estamos convencidos demais de nossa ignorância em todas as coisas e de nossa incapacidade, para não nos deixar guiar passo a passo por sua divina Sabedoria; é o abc dos servos do Senhor: renunciarem à sua vontade, desconfiarem de si mesmos e abandonarem-se totalmente a Ele.

 

            Tinha-lhe pedido em uma de minhas precedentes cartas, caríssimo amigo, para me dizer que idéias você tinha precisamente, sobre a casa que você adquiria; deve fazer dela um centro de diversas obras, como a casa da rua do Regard que contém o patronato, a biblioteca da Santa Família, os fornos para os pobres, etc., ou você pensa somente em alojar ali jovens operários e em abrigar ali dois ou três de nossos irmãos, que sairiam para as diversas obras nas quais se acharia dever empregá-los? Desejaria conhecer mais precisamente suas intenções a esse respeito, se, todavia, elas são bem fixas para você mesmo. Conceberia, com efeito, que você ainda não tivesse nada bem determinado, e que a compra da segunda casa, se acontecesse, traria alguma modificação a seus planos primitivos. Diga-me algumas palavras sobre esse ponto na próxima ocasião: elas colocarão mais nitidez em minha mente. Até o fim desta semana, se você me escrever, deveria me escrever aqui; é incerto se minha irmã, que eu devia ir visitar, não virá ela própria passar alguns dias aqui para firmar sua saúde, que foi muito abalada durante a última estação. De qualquer jeito, o irmão Paillé, que ficará aqui até o fim da semana, me traria sua carta. Retornarei terça-feira, 12, para Paris. Espero que encontrarei ali ainda o Sr. padre Decaix.

 

            Assegure todos os nossos bons amigos de Amiens de minhas bem afetuosas lembranças; não saberia dizer-lhe quanto nos são preciosos os laços que nos ligam a eles; se, como devemos pensar, a Providência chama nossa pequena família a crescer e a se espalhar em outras províncias, não esqueceremos que é de Amiens que nos veio a primeira marca de simpatia e que alguns irmãos nos foram suscitados. Contamos essa graça entre as mais preciosas que o Senhor nos tenha feito e agradecemos a ele por isso todos os dias do mais profundo de nosso coração.

 

            Apresente meu respeito ao Sr. Padre Cacheleux, cuja benevolência e cujos conselhos são bem felizes para nós; parece-me que a Providência o destinaria a fazer para a Casa de Amiens o que nosso Padre Beaussier está fazendo aqui por nós.

 

            Adeus, caríssimo filho e amigo, abraço-o em nome de todos e o  asseguro como sempre de meus ternos sentimentos em Jesus e Maria.

 

                                               Le Prevost

 

 

 

 




Precedente - Sucessivo

Índice | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Ajuda | Biblioteca IntraText

Best viewed with any browser at 800x600 or 768x1024 on Tablet PC
IntraText® (V89) - Some rights reserved by EuloTech SRL - 1996-2008. Content in this page is licensed under a Creative Commons License