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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 324 - ao Sr. Caille
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324 - ao Sr. Caille

Notas a pagar. Felicidade de ver a paz reinar entre todos. Aberturas para a entrada do Sr. Halluin no Instituto. Suas forças declinando, o Sr. Le Prevost terá que passar o inverno no Sul.

 

Vaugirard, 10 de novembro de 1855

 

            Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

            Aguardava uma carta sua, pensando que, se eu mesmo lhe escrevesse, nossas epístolas iriam se cruzar no caminho; como não recebo nada, antecipo-me e lhe escrevo.

 

            Acho que você recebeu suas três camas de ferro. A nota sobe a 45f 15, a das seis últimas era de 89f 05. Total: 134f 20.

 

            Acho que, se não tem observações a fazer sobre essas duas entregas, seria conveniente pagar as notas, das quais a primeira já data de vários meses.

 

            Pagamos, de outro lado, 23f para o Sr. Dupetit; mas, da nossa parte, lhe devemos 31f para as galochas que você nos enviou, mais o preço das armações que o irmão Vasseur lhe pediu.

 

            Não saberia dizer-lhe como estou feliz com os detalhes plenamente satisfatórios que você me dá sobre seus pequenos assuntos interiores. Nada desejo tanto como ver reinar entre vocês o espírito de paz e de verdadeira caridade, e bendigo ao Senhor, que parece atender plenamente nossos votos sob esse aspecto. Escreverei estes dias a meu caro filho Sr. Marcaire, encarreguei o irmão Vince de realizar as intenções dele para os diversos objetos que ele me tinha assinalado em sua carta. Espero, embora você ainda não me tenha informado disso, que o Sr. Allard pôde se juntar a você e reunir seu zelo e seus esforços aos seus para a glória de nosso divino Senhor.

 

            O irmão Vince continua progredindo em seu restabelecimento, mas passo a passo e devagar.

            A carta do Sr. Halluin219 aumenta a boa opinião que você me tinha dado da retidão de suas intenções e de seu inteiro devotamento ao serviço de Deus. Convido-o a responder-lhe com toda a afeição e o respeito possíveis, assegurando-o de que consideraríamos como uma verdadeira graça de Deus unir-nos a ele. Acho que você poderia comunicar-lhe nosso regulamento, ao menos em parte, pois seu conjunto poderia dar-lhe matéria a muitas objeções, que se resolveriam facilmente de viva voz, enquanto pediriam correspondências intermináveis. Entrarei, no entanto, de muito bom grado em relação com ele por carta; se ele tiver a bondade de me escrever, lhe responderei; de outro jeito, se você achar que seja melhor que eu lhe escreva o primeiro, diga-me, o farei sem demora.

 

            Quanto à visita que eu poderia fazer-lhe, será forçosamente adiada. Minha indisposição de peito tendo-se agravado um pouco, nossos irmãos e nosso padre Beaussier se inquietaram com isso e me fizeram consentir em receber a visita de um médico reputado, cuja decisão eu tinha prometido aceitar. Ele pediu formalmente que eu fosse passar dois meses220 numa temperatura mais clemente, assegurando que, a esse preço, respondia por minha cura, ao passo que uma estada mais prolongada em Paris tornaria o mal irremediável. Nossos irmãos o pegaram na palavra e me obrigam a tomar esse partido. Minhas disposições são tomadas nesse sentido. Saio na segunda-feira de manhã, dia 12, acompanhado do irmão Paillé.

 

            Não há necessidade que lhe diga que, enquanto o Senhor me deixar um sopro de vida, vocês me estarão presentes, caros amigos, no fundo do coração; escreverei a vocês muitas vezes, se o Senhor me conservar algum vigor, e o primeiro emprego de minhas forças, se me forem devolvidas, será para ir visitá-los.

 

            Rezem juntos por mim, para que, em todo o caso, eu seja bem dócil sob a mão do Senhor e me conforme com amor à sua adorável vontade.

 

            Abraço-os a todos ternamente e sou, nos Corações sagrados de Jesus e de Maria,

            Seu afeiçoado amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

            P.S. Acabo de receber sua carta; agradeço-lhe por ela; escreva-me logo que tiver algo de preciso para o Sr. Allard.

 





219 Charles-Henri Halluin nasceu em 1820  em Wimille (Pas-de-Calais). Com 25 anos de idade, é ordenado padre por Dom Affre. Nomeado em Arras, acolhe órfãos: sua obra vai se desenvolver rapidamente. Desejoso de ter a visita do Sr. LP., acolherá, para esse primeiro encontro o irmão Myionnet. É o início de uma colaboração que durará 9 anos, até em abril de 1864. Haverá divergências de vistas sobre a educação e a formação religiosa das crianças. A personalidade afirmada do Sr. Halluin entrava somente com dificuldade no quadro de um regulamento e de uma disciplina comunitários. Em 1869, pronunciará votos nos Assuncionistas e se dedicará ainda durante mais de 25 anos ao seu Orfanato de Arras, onde morre em 1895.



220 Dois meses que se multiplicarão por três, já que, saído no dia 12 de novembro de 1855, é somente seis meses mais tarde, no dia 23 de maio de 1856, que o Sr. LP. reencontrará sua pequena família religiosa. “O tempo da doença” durará até em 1858. A partir dessa data, o Sr. LP. não se ausentará muito mais para longos períodos de banhos ou de repouso completo: paradoxalmente, quanto mais avança em idade, tanto mais sua saúde se firma.





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