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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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358 - ao Sr. MyionnetDepois do falecimento do irmão Vince, o Sr. Le Prevost julga necessário recolher informações para uma nota necrológica. Na vida das obras, não “fazer da noite o dia e reciprocamente”. Esperança de ver realizar-se a união com o Sr. Halluin. Negócio do padre Choyer d’Angers. Procura de uma vilegiatura próxima de Vaugirard.
Hyères, 1o de abril de 1856 Festa de São José233
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Assino e mando-lhe imediatamente, como você me pede, a peça concernente a nosso menino Gentil.
Li com um profundo interesse os poucos pormenores sobre o enterro de nosso bem amado irmão Joseph, penso que tudo está assim segundo a vontade de Deus e, embora eu sinta pesar por não ter nenhum vestígio sensível de sua passagem entre nós, resigno-me ao que o Senhor parece ter disposto. Guardemos ao menos carinhosamente sua lembrança, ele nos deu preciosos exemplos, que sua recordação permaneça no meio de nós. Não deixe cair a idéia de recolher algumas informações para uma pequena nota biográfica, faça com que se ocupem disso sem demora. O turbilhão das ocupações leva tão depressa entre nós os rastos da véspera, que age-se sabiamente não esperando para o dia seguinte. Agradeço aos nossos bons irmãos Louis [Boursier], Ernest [Vasseur], Alphonse [Vasseur], Edouard [Polvêche], Joseph Assier que me escreveram. Vou responder-lhes algumas linhas o quanto antes, assim como ao nosso bom padre Hello. Faça com que ele descanse um pouco; ele traz nas suas obras um ardor e um zelo que pedem, de vez em quando, um pouco de calma. Senão, se desgastará em alguns anos; esforce-se por conseguir que ele tome um pouco de descanso, o recomendo a você.
Você não me diz quando nossos irmãos desejam instalar-se em Nazareth. Pareceria-me conveniente que o Sr. Paillé estivesse ali naquele momento para tudo começar ordenadamente. Examinarei bem atentamente o regulamento, logo que você me tiver mandado. Acho sempre que 9h30 seria bom para o fechamento da casa à noite; a coisa é fora de dúvida no que concerne à comunidade; para as obras, você não poderia submeter a questão aos Srs. Baudon e Decaux, expondo-lhes os motivos pró e contra? Estou convicto de que nossos irmãos exageram as dificuldades, e que, uma vez tomado o hábito, nada pareceria mais simples. Não é um abuso fazer da noite o dia e reciprocamente? Não devemos tender a reformar o que está fora da ordem em todas as coisas? Consulte, acredite-me, os Srs. Baudon e Decaux; se a coisa fosse colocada por eles para todas as suas obras, teria bem mais autoridade e consistência.
Bendigo ao bom São José, sob cujos auspícios chega-me a boa notícia da autorização de nossa loteria. Que nosso irmão Maignen acompanhe agora vivamente a execução, pois já é muito tarde; esforcem-se por consultar Dona de Vatry em tudo e deixar-lhe muita latitude, procurem agir somente sob sua direção, porque poderemos fazer muito menos do que ela. Não descuidemos, no entanto, dos meios de que podemos dispor. Acho que é preciso pôr nos bilhetes, não Casa dos Órfãos de Vaugirard, mas : Loteria em prol da Casa dos Órfãos (colocada sob o patrocínio de Monsenhor o Arcebispo de Paris), em Vaugirard, Caminho etc.; de outra forma, poder-se-ia pensar que se trata dos órfãos da cidade de Vaugirard somente. Que nosso irmão Maignen se entenda, no tocante a tudo isso, com Dona de Vatry e que se esforce para que os bilhetes sejam bem dispostos. Acho que Dona de Vatry é ordenada e já tem uma experiência adquirida dessas operações caritativas. Recomendo todos os dias, com meu irmão Paillé, o negócio de Arras ao bom São José e à Santa Família inteira. Ofereça meus sentimentos de respeitos e de afeição ao Sr. Halluin. Tenho grande esperança de que o Senhor nos unirá a ele; sua alma me parece ser da têmpera que convém à nossa família, sua obra é pobre e dependente da Providência como as nossas; estamos no mesmo caminho, penso que é a caridade do Senhor que nos aproxima uns dos outros.
Não ouvi falar do Sr. Flour. Veja se achar conveniente que o Sr. Dauchez, ocasionalmente, acorde um pouco suas boas disposições, ou se é preferível deixá-lo às suas próprias inspirações. Você não me fala mais do jovem joalheiro. Veremos, para os irmãos Roussel e Carment, como nos organizar. Se houver urgência, avise-me. Senão, com um pouco de paciência, o bom Mestre nos dará logo talvez algum meio de sair dos apuros. Não tenho nada a dizer sobre as novas disposições concernentes a Grenelle. Podem funcionar do jeito que você indica; é preciso tomar as coisas como apraz à divina Sabedoria determiná-las por nós.
Não deixe de agradecer particularmente ao Sr. Pároco de Vaugirard e diga-lhe que suas bondades para conosco são para mim uma bem doce consolação. Parece-me que, depois de minha volta, poder-se-ia fazer uma pequena reunião de nossos amigos e benfeitores, que substituiria a festa da São João.
Agradeça muito também essas damas des Oiseaux, elas são bem bondosas para conosco. Oremos sobretudo muito por nossos benfeitores, a caridade na qual vivemos deve inspirá-lo aos nossos corações. Você não me disse nada das Damas do Templo. Não esquecerei diante de Deus do negócio da Sra. de Montmorency. Lamento que você não tenha encontrado o Sr. Houdard: esse negócio exigia ser tratado de viva voz; você não poderia pedir um apontamento para comunicar-lhe o plano? Você suporia que ele o esteja evitando por querer?
Monsenhor d’Angers acaba de me mandar suas cartas pastorais, com uma carta toda cheia de bondade, mas mais do que nunca insistente para o assunto do Sr. Choyer; ele diz, esse bom bispo, que quer concluir essa obra e assentá-la bem antes de morrer. Vou responder-lhe da melhor forma possível234. Não faço questão de Cachan235, via nisso a vantagem da economia e também a da grande proximidade; teria sido possível assim para mim ir diariamente a Vaugirard como passeio que me é recomendado, e você mesmo bem facilmente me teria tido ao alcance da mão. Se você achar que vale mais fazer de outro jeito, procure nos arredores de Clamart e de Issy, não muito longe; quando tiver achado, veremos que decisão devemos tomar.
Adeus, caríssimo amigo, abraço ternamente todos os meus filhos, grandes e pequenos, e você que é o maior de todos. Se meu filho Maignen não tem tempo para me escrever, que peça ao nosso bom padre Hello para me dizer o que acharia útil me escrever.
Seu amigo e Pai em J.M.J.
Le Prevost
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233 Poderiam achar estranha a aproximação entre 1o de abril e festa de São José. Em 1856, o dia 19 de março caia na Semana Santa, o que levou a transferir a festa de São José para depois da Oitava da Páscoa. 234 Há algum tempo, Dom Angebault insistia para que o Sr. LP. se entendesse com o padre Choyer, que dirigia em Angers oficinas de escultura e de ourivesaria, e estava desejando agregar sua obra à Congregação. 235 O Sr. Myionnet procurava uma vilegiatura para o Sr. LP. Tinha pensado em primeiro lugar em Cachan, perto de Arcueil, mas acaba achando algo em Chaville. Não a casa que foi comprada mais tarde em 1862, onde devia morrer o Sr.LP., mas um pequeno pavilhão, situado perto da estação da estrada de ferro da margem esquerda, que foi alugado pela Comunidade. Ali foi que, no dia 18 de junho, pela primeira vez, os Irmãos foram conduzir o Sr. LP. para sua vilegiatura. (VLP. I, 540). |
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