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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 370.1 ao Sr. padre Timon-David
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370.1 ao Sr. padre Timon-David 

O Sr. Le Prevost vai chegar a Marseille. As duas possibilidades que  propõe para essa viagem. Coloca seu comum projeto de união nas mãos de Deus.

 

Hyères, 1o de maio de 1856

            Senhor padre,

            Aguardava, para responder à sua última carta, que tivesse recebido o parecer do médico de Paris, de quem tive que seguir as prescrições durante estes últimos tempos, e que se tinha reservado determinar o momento em que eu poderia voltar sem inconveniente.

            Ele fixa minha volta para o dia 15 de maio. Estarei, portanto, livre para ir visitá-lo,  em muito pouco. Posso combinar minha viagem de duas maneiras, que tomo a liberdade de submeter-lhe, para que você tenha a bondade de me dizer qual das duas lhe seria mais conveniente.

            Poderia chegar em sua casa, com o Sr. Paillé, para o qual lhe pedirei também asilo, na véspera de Pentecostes, sábado, dia 10 de maio à noite, unicamente para chegar ao meu quarto e me deitar. No dia seguinte, domingo, e na segunda-feira, eu lhe pediria o favor de esquecer-se de mim de maneira absoluta e de pensar somente em suas queridas crianças, das quais eu veria a primeira Comunhão e com as quais partilharia as santas alegrias. Na terça-feira, de novo livre, você poderia ocupar-se um pouco de nós, conversar sobre nossos assuntos e, na quarta-feira, nos poríamos a caminho para Paris. O segundo plano seria adiar minha partida em 8 dias, chegar em  sua casa somente no sábado 17, à noite, vigília da Santíssima Trindade, ver nesse dia sua Confirmação, dar a segunda-feira aos nossos assuntos, e partir na terça-feira 20 de maio, para Paris.

            Se me perguntar, Senhor padre, qual desses dois projetos me agradaria melhor, preferiria o primeiro porque, após uma ausência de seis meses, tenho pressa, como você pode imaginar, de rever meus bem-amados irmãos, minhas criancinhas, nossas obras, nossa pobre casa, que acreditava ter deixado para sempre. Mas, afinal, só há a questão de sentimentos e, de forma alguma, uma necessidade. Se, portanto, Senhor padre, alguma razão, por pouco notável que seja, o fizer inclinar-se para o segundo plano, tenha bastante bondade para me dizê-lo, e não hesitarei em conformar-me a seu parecer.

            Parece-me bem duvidoso que seu venerável Bispo guardasse de mim alguma lembrança após a entrevista tão passageira que me seria dado ter com ele; entrego-lhe, no entanto, a incumbência de julgar o caso, e o deixo inteiramente livre na decisão.

            Comprometo-me de todo o coração, caro Senhor padre, assim como me pede, a examinar com você o assunto do qual devemos tratar com toda a franqueza e simplicidade; isso é, no meu parecer, a coisa de Deus e não a nossa, creio poder responder-lhe que a tratarei com um inteiro desinteresse e que entregarei sua solução à sabedoria e à santíssima vontade dele.

            Recomendo-me bem, caro Senhor padre às suas boas preces, e renovo-lhe a expressão do respeitoso apego com o qual sou

            Seu humilde e devotado servo nos Corações sagrados de Jesus e de Maria

                                               Le Prevost

            P.S. --- O Sr. Paillé pede-lhe que aceite sua respeitosa lembrança.

 

 




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