Índice | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Ajuda | Biblioteca IntraText |
Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
|
|
388 - ao Sr. HalluinO que é verdadeiramente feito para Deus não fica sem efeito. Disposições para suprir a falta de pessoal. O Sr. Le Prevost estimula a dedicação de um postulante e firma uma vocação ainda frágil.
Vaugirard, 13 de julho de 1856
Caro Senhor padre,
Era, hoje, domingo, a festa do Sagrado Coração de Jesus na diocese de Paris. Fiz, por ocasião desta solenidade, um apelo todo particular às ternas misericórdias do Salvador, para obter dele os meios de constituir nossas obras em boas condições, que nos permitam fazer todo o bem que quiséssemos realizar para sua glória. Sei, pela experiência que fazemos demasiadas vezes, o quanto se sofre, quando se tem um zelo sincero, por cumprir só pela metade e bem imperfeitamente coisas que se ansiaria, de todo o coração, executar conscienciosamente e sem nada descuidar. É uma das cruzes das obras nascentes. Mas podemos considerar, caro Senhor padre, que com perseverança e coragem, os empreendimentos que são realmente feitos para Deus não permanecem indefinidamente neste estado de imperfeição. A hora vem em que a paciência é coroada e em que recursos mais abundantes são dados pela divina Bondade. Não nos cansemos, portanto, de rezar e de trabalhar, nossos votos serão ouvidos, nosso labor terá sua recompensa.
Pressinto, como lhe disse, a possibilidade de dar-lhe alguém bastante bem formado [Sr. Carment], sobre o qual você poderia descansar, para ser substituído na vigilância geral da casa e combinar com você todas as medidas de ordem e de boa direção que lhe pareceriam úteis. Haveria, todavia, e inevitavelmente, uma aprendizagem a fazer durante algum tempo por aquele que partilharia assim seus trabalhos. Minha única dificuldade é combinar as coisas de tal modo que seu lugar possa estar quase preenchido aqui em casa. Trabalho para isso com bastante sinceridade. Tenho também um jovem irmão sapateiro [Sr. Thuillier], que conhece bem sua profissão e é capaz de formar algumas crianças. Neste momento, está encarregado de diversas coisas, das quais procurarei liberá-lo. Enfim, não me parece impossível que um de nossos mais experimentados irmãos [Sr. Lantiez] vá, durante 15 dias, instalar os dois primeiros e resolver com você a ordem habitual de seus trabalhos e exercícios. Tudo isso está em elaboração. Que o Senhor se digne nos assistir e chegaremos aos nossos objetivos.
Lamento que seu jovem eclesiástico [Sr. Daviron] não se tenha decidido corajosamente: nos teria tirado de embaraço. Não me escreveu até agora. Você não acha, caro Senhor padre, que se chegássemos, num certo tempo, a executar as medidas que projetamos, esse jovem eclesiástico ficaria talvez ferido, vendo que um outro, mais novato na casa, goza de sua confiança e parece chamado a suceder-lhe no emprego que ele tinha até agora?
Recebi uma boa carta do Sr. de Lauriston que, acho, virá nos visitar. Há, seguramente, grandes recursos nesse coração verdadeiramente delicado e nesse espírito tão bem cultivado. Se fizer um esforço generoso e se puser simplesmente a trabalhar conosco, suas faculdades, deixando de ser isoladas, serão totalmente renovadas e se duplicarão em poder. Mas é preciso, para isso, um auxílio da graça. Una-se conosco, caro Senhor padre, para obtê-lo. Parece-me que todo o futuro desse excelente Senhor depende dessa divina e desejável assistência.
O jovem irmão Augustin [Bassery] parece ambientar-se na sua posição. Escreveu para você ontem, acho que lhe terá dito seu pensamento com toda simplicidade. Não vi sua carta, que ele havia mostrado ao Sr. Myionnet. Penso que, se perseverar, poderá, daqui a pouco, ver sem inconveniente os jovens amigos que você desejaria aproximar dele, mas ainda está bem pouco firme. Um pouco mais de tempo me parece muito desejável. Estes jovens que vêm de fora o entreterão de seus interesses, de seus prazeres, vão comparar sua situação com a dele. Seria uma grande tentação, para um menino de 19 anos, que os sonhos e ilusões do mundo ofuscariam facilmente. Enquanto isso, esses jovens não poderiam ir ver, em Nazareth, (rua Stanislas, 11, em Paris) nossos irmãos que aí trabalham com os jovens operários, os quais poderiam oferecer-lhes bons ambientes? Você poderia, caro Senhor padre, dirigi-los, seja ao Sr. Maignen, seja ao Sr. padre Hello.
Teria ficado bem feliz em participar de sua festa de família do 21 de julho; essas ocasiões são favoráveis para bem unir os membros de uma associação cristã, mas não estou prevendo que eu, nem qualquer outro de meus irmãos, possamos deixar a Comunidade neste momento. Se, porém, isso me parecesse praticável, eu aceitaria prontamente. Desejo sinceramente tornar nossa união tão verdadeira, tão cordial quanto possível. Aproveitarei vivamente todas as ocasiões para chegar a isso.
Adeus, caro Senhor padre. Sua última carta me foi particularmente amável: sente-se ali, bem marcado, o começo dessa confiante afeição que tornará nossos relacionamentos verdadeiramente úteis e verdadeiramente edificantes para nossas almas.
Seu bem sinceramente devotado e afeiçoado servo em N.S.
Le Prevost |
Índice | Palavras: Alfabética - Freqüência - Invertidas - Tamanho - Estatísticas | Ajuda | Biblioteca IntraText |
Best viewed with any browser at 800x600 or 768x1024 on Tablet PC IntraText® (V89) - Some rights reserved by EuloTech SRL - 1996-2008. Content in this page is licensed under a Creative Commons License |