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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 395 - ao Sr. Caille
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395 - ao Sr. Caille 

Fazer com que a aquisição encarada não seja um embaraço suplementar. Inconvenientes em fazer tudo repousar sobre uma só pessoa. É preciso visar a fazer as obras viverem por si mesmas. O irmão Marcaire, sofrendo da falta de vida comum na casa de Amiens, deve escrever mais freqüentemente.

 

Vaugirard, 11 de agosto de 1856

 

            Caríssimo amigo e filho em N.S.,

 

            Não recebo notícias suas. Sem dúvida, a razão é que, como seus negócios não podem se esboçar tão depressa num sentido ou noutro, você não tem nada muito preciso ainda para me dizer. Estou bem certo, de acordo com as disposições que me demonstrou, que você não levará adiante suas diligências ardentemente demais e que deixará agir o bom Deus, trabalhando unicamente sob seu impulso. De outro modo, com efeito, poderíamos encontrar mais embaraços do que vantagens na aquisição de que nos ocupamos. Será, de toda maneira, uma grande carga a mais, e não podemos esconder a nós próprios que, até agora, estas cargas pesam quase inteiramente sobre sua cabeça.  Há inconveniente em fazer repousar tantos interesses sobre uma só pessoa, porque ela faltando, tudo se acha comprometido. Eis porque me parece que você deveria trabalhar para constituir, pouco a pouco, sua casa de tal modo que quase bastasse a si mesma, pelos recursos que produzem as crianças e os benefícios da caridade. No estado atual, corre-se o risco de assentar mal as coisas, porque, depois de você, não se acharia, sem dúvida, ninguém que pudesse fazer em favor da obra os sacrifícios que você está fazendo. Eis aí o que me faz ter medo de dar-lhe desenvolvimento nestas condições, porque quanto mais ela fosse considerável, mais seria pesada para sustentar. Pese essas observações, meu bom amigo, e as leve em conta na conduta geral de sua casa, procurando, o quanto puder, constitui-la independentemente dos seus sacrifícios pessoais, ao menos para a subsistência ordinária.

 

            Estou um pouco inquieto por não receber carta de meu irmão Marcaire; enviando-lhe minha última carta, eu o convidava a escrever-me, ele não o fez até agora, embora tenha pedido a você, há algum tempo, para lembrar-lhe minha recomendação. Lembre-se, meu bom amigo, de que ele está pouco amparado pelo movimento da vida comum em sua casa, que é essencial fortalecê-lo de vez em quando, por um pouco de conversa íntima. As almas são, em geral, bem menos fortes do que você supõe: faz-se necessário reanimá-las por alguns encorajamentos piedosos e manter-se em harmonia com elas por algumas aberturas de coração.

 

            Adeus, meu bom amigo, procure sobretudo seu apoio, para você, para suas obras, para seus irmãos, na oração: é o meio mais seguro, pois o Senhor tem na sua mão os corações e todas as potências e todos os recursos, e somente a oração pode abrir essa mão rica e generosa.

 

            Abraço-o bem afetuosamente em J. e M.

 

     Seu amigo e Pai

            Le Prevost

           




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