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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 301 - 400 (1855 - 1856)
    • 400.1 - a Monsenhor Angebault
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400.1 - a Monsenhor Angebault

O Sr. Le Prevost examinou o projeto de união com o padre Choyer. Ele pede conselho ao bispo de Angers a respeito do Regulamento do Instituto.

 

Vaugirard, 5 de setembro de 1856

 

 

            Monsenhor,

 

            Muitas semanas já se passaram, desde o momento em que estávamos reunidos ao seu redor. No entanto, a boa impressão de suas piedosas e animadoras exortações ainda não está apagada. Todos os corações a guardam preciosamente e nela encontram um apoio para se sustentar na estrada e para avançar rumo ao nobre fim que o Senhor dignou-se nos propor. Esperamos muito, Monsenhor, que semelhantes socorros nos serão proporcionados, de vez em quando, por sua graça e que nas nossas necessidades espirituais sua voz paterna se fará ouvir um pouco mais vezes do que pelo passado.

 

            A hora virá, aliás, precisamos acreditá-lo, em que poderemos, aproximando do Sr. algum ramo de nossa pequena família, receber mais habitualmente, mais felizmente ainda, seus conselhos, suas instruções, os conhecimentos de sua sabedoria e de sua alta experiência.

 

            Aguardando esse momento, que estamos preparando menos rápido do que o quereria nosso desejo, mas bem seguramente se não me engano, venho hoje, Monsenhor, submeter a seu exame um projeto de regulamento um pouco mais preciso do que havia sido o que nos servia de apoio até agora.

            Começamos a contar os anos de nosso Instituto, tomamos um pouco de consistência e de crescimento, o momento pareceria ter chegado de reconhecer a via na qual o Senhor quer que andemos. Monsenhor o Arcebispo de Paris pareceu desejar, aliás, que tomássemos uma posição mais delineada e, num prazo bastante próximo, teremos provavelmente que nos fazer aprovar formalmente por ele. Parece-nos, portanto, bem essencial podermos, se houvesse necessidade, apresentar-lhe um regulamento um pouco preciso e quase completo. O projeto que tenho a honra de submeter-lhe aqui deixa, sem dúvida, muito a desejar, seja por causa de nossa inexperiência, seja porque é um simples sumário de nossa situação presente e não indica nada sobre os pontos dos quais não fomos obrigados de cuidar até agora.

            Todavia, como as circunstâncias podem trazer de um dia para outro os casos que não se apresentaram até este momento, seria indicado que nosso regulamento, sobretudo se for aprovado, respondesse a tudo e não nos deixasse incertos na ocasião.

 

            Assim, não previmos nada para nossos relacionamentos com o Ordinário, ignorando o que teríamos a inserir sobre esse ponto em nosso regulamento.

 

            Já temos quatro casas, que parecem bastante bem assentadas, a de Vaugirard, a de Nazareth em Paris, e as de Amiens e de Arras. No entanto, não ousamos determinar, no regulamento, nossos relacionamentos com as três casas que saíram da Casa-Mãe, embora nos permaneçam intimamente unidas, temendo que esse ponto levante, antes do tempo, a questão da superioridade geral para a conduta de toda a família no seu conjunto.

 

            Sempre pensamos que o Superior geral devia ser vitalício, não falamos disso no regulamento pelo mesmo motivo. Ouso pedir-lhe, meu bom Senhor, para lembrar-se de que é nosso primeiro Pai e para nos dizer muito confidencialmente seu parecer sobre esses pontos importantes. Podemos omiti-los no regulamento? se precisar, ao contrário, mencioná-los, em que termos devemos fazê-lo?

 

            Temos deixado a Comunidade livre para escolher um Superior, eclesiástico ou leigo, conforme o seu conselho. Também, segundo seu parecer, aumentamos a força de ação do Conselho da Comunidade e, segundo o regulamento, asseguramos nele a maioria aos irmãos leigos, para que sua posição seja garantida e que não sejam deprimidos deploravelmente pelo elemento eclesiástico. Nossos irmãos eclesiásticos parecem, como nós, convencidos da utilidade desta disposição e aderem, aliás, unanimemente a todos os artigos do projeto que tenho a honra de mandar-lhe.

 

            Colocamos os votos perpétuos depois de 5 anos de estada na Comunidade. Nosso Pe. Beaussier inclina-se a aumentar um pouco esse tempo. Ficaremos satisfeitos, Monsenhor, por ter também seu parecer a esse respeito.

 

            Enfim, no último capítulo do regulamento, concernente à forma a seguir para a eleição do Superior, fazemos intervir o padre Diretor (embora seja escolhido fora da Comunidade e não faça parte dela): ele assiste à eleição e até dá seu voto com os membros do Conselho. Sua presença na eleição não parece apresentar inconveniente nenhum certamente, mas é conveniente que ele tenha seu voto como os membros do Conselho? Estou na dúvida sobre esse ponto e seria inclinado para a negativa.

 

            Não limitaria a isso, Monsenhor, minhas perguntas, se não contasse com sua bondade para suprir nossa inexperiência e para ajudar-nos a formular um regulamento tão completo e tão medido como o comporta a nossa situação. Esse cuidado será uma continuação das sábias e tão salutares direções que Sua Excelência nos deu, desde nossos primeiros começos e que nos foram a garantia mais assegurada da proteção de Deus.

 

                        Toda a nossa pequena família pede humildemente, Monsenhor, sua bênção e oferece-lhe seu profundo respeito pelo intermédio de

            Seu humilde e submisso servo e filho em N.S.

 

                                               Le Prevost

 




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