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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 439 - ao Sr.  Paillé
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439 - ao Sr.  Paillé

O Sr. Le Prevost aceita a inação e a penosa separação de sua comunidade. Amáveis repreensões aos irmãos de Nazareth, ditadas pela afeição. Começar a amar para, depois, fazer o bem. Paciência na doença.

 

26 de dezembro [1856] Santo Estevão

 

            Caríssimo amigo,

 

            Acrescento duas palavras aqui, como queria, para deixar de lado os negócios, e colocar-me um momento em clima de família, em seu interior de Nazareth. Em primeiro lugar, repreendo bem fortemente (é tão rápido repreender) esses irmãos relaxados, que esquecem a reserva de que temos necessidade para nós e para os outros, e que se entregam a excentricidades, das quais não quero rir, porque bem realmente as acho lastimáveis. Repreendo, mais forte do que os outros, meu bom padre Hello, que se  expõe ao frio à noite, sem nenhuma necessidade; quanto menos gordo, tanto mais o amo, e mais temo os acidentes para ele. Conjuro-o com insistência a poupar-se; conjuro-o também a se lembrar de que foram precisos doze ou quinze anos para fazer dele um homem um pouco letrado, cinco ou seis, para prepará-lo ao sacerdócio, e acúmulos de graças, para que se tornasse um humilde servo dos pobres; sei o que valem todas essas riquezas adquiridas, e, ao preço de cem vezes a minha vida, desejo conservá-las.

 

            Não conseguiria muito ser sério, censurando nosso irmão Maignen por suas caricaturas; engajo-o, porém, a contentar-se com essa primeira remessa; a pequena carta dele, acrescida à sua,  alegrou-me certamente muito mais.

 

            Que direi aos meus dois outros irmãos? Ainda não me escreveram para minha festa, mas o Natal estava aí, que devia ocupá-los muito. Agradeço-lhes por pensar na salvação de suas crianças antes de tudo; terei minha compensação, aliás, e sei bem que seu coração tão afeiçoado não me fará perder nada.

 

            Bem-amados amigos, quanto me seria duro estar longe de vocês neste momento, para estas lindas festas e para o fim do ano como para o ano novo, se não pudesse depositar no Coração do divino Jesus todas as minhas ternuras, todos os meus profundos devotamentos a vocês. Sim, abraçá-los, respirar um pouco o ar da família me seria bem doce, mas já que encontrá-los em Jesus é mais seguro, mais proveitoso, mais cristão, viva Jesus! Estou contente assim e quero sua adorável vontade. Aí está presentemente quase toda a minha vida, sendo que valo tão pouco pela ação, mas nosso bom padre Taillandier me escrevia isso no ano passado: “Você não está sem fazer nada, já que faz a vontade de Deus”. Procuro alimentar-me desse texto e me penetrar dele profundamente. Há um outro, que estava vendo estes dias e que aprecio muito também: Aprouve a Deus que não se pudesse fazer bem nenhum aos homens, senão amando-os. Por isso, caríssimos amigos, começo sempre amando-os, com todas as forças de meu coração, sendo que isso é a primeira condição de todo bem a fazer. Junto a isso, para a segunda condição, a oração bem fiel e recomendações sem número à nossa amada Mãe a Santa Virgem, ao bom São José, ele é tão bom! a nosso Pai São Vicente, a seus anjos da guarda,  a seus santos padroeiros e a todos os santos e santas do Paraíso. Possam, durante todo este ano, viver em sua doce e íntima companhia, e possa eu mesmo encontrar ali um pequeno lugar junto de vocês.

 

            Adeus, caríssimos amigos, abraço-os fortemente.

 

            Seu amigo e Pai em N.S.

 

                                               Le Prevost

 

            P.S. Propus duas vezes ao Sr. Halluin tomar o irmão Loquet perto de mim. Disse-me  que ele está melhor, tornarei a falar com ele sobre isso. Hyères e Cannes não diferem muito; não é o lugar que precisaria mudar, mas meu peito.

 




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