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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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447 - ao Sr. CailleProibição formal de aumentar o número dos internos no orfanato de Amiens. Medida de prudência em relação às pessoas do exterior.
Cannes, 17 de janeiro de 1857
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
Escrevi muito hoje, sinto-me cansado, respondo então brevemente à sua boa e filial carta do dia 13 deste mês.
Acho que é preciso mandar minha carta ao irmão Carment, avisando-o por uma palavra de que ela chegou no momento em que ele acabava de sair.
Você sabe quantas vezes o incitei a restringir o número de suas crianças internas. Tenho tanta resistência em sair do caminho das simples recomendações e conselhos que tinha pensado ter de me limitar a isso; mas neste ano, em vista dos encargos que vão pesar sobre você, me vejo obrigado a prescrever-lhe formalmente, e como ponto essencial de obediência, não ultrapassar o número de 34 que você atingiu hoje. Sei das suas boas disposições, meu bom amigo, e asseguro-me de que você percebe como eu as exigências de nossa posição; você não vai sofrer nenhuma impressão penosa com esta prescrição formal. É para o bem da comunidade, para a vantagem do próprio orfanato; é, portanto, segundo Deus, será segundo seu coração.
A respeito de sua sobrinha, recomendo-lhe, meu bom amigo, considerar bem o que exige nossa posição e nada fazer que possa suscitar crítica do lado de fora e, por dentro, dificuldades para nós. Não acharia possível manter nos edifícios da comunidade uma pessoa tão jovem senão com a condição de não haver nenhum relacionamento, comunicação e aproximação qualquer, de ter escada separada, entrada separada; que ela ficasse, em uma palavra, não dentro da casa, mas numa casa contígua. De outra forma, acredite bem que essa mistura de todos os tipos de elementos no seio da comunidade lhe dará um mau aspecto e uma fama ruim. Não se deve esquecer que, aliás, aproximar senhoras dos irmãos é sempre um perigo. São Vicente de Paulo, com 70 anos de idade, só permitia que uma senhora lhe falasse em presença de um irmão. Devo dizer-lhe que o irmão Guillot, embora perfeitamente sábio e bem dono de si mesmo, é, no entanto, extremamente impressionável sob esse aspecto e que você pode, se não levar bem em conta estas observações, criar-lhe penosas provações. Conto, meu bom amigo, sobre sua prudência e sobre sua caridade. Consulte os Srs. Cacheleux e Mangot, diga-lhes minhas objeções.
Adeus, meu bom amigo, abraço-o assim como nossos irmãos bem afetuosamente.
Seu amigo e Pai em N.S. e em sua Santíssima Mãe
Le Prevost
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