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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 450 - ao Sr. Maignen
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450 - ao Sr. Maignen

O Sr. Paillé vem vindo para Cannes, para assegurar-se da saúde do Sr. Le Prevost. Amor do Sr. Le Prevost por sua família religiosa.

 

Cannes, 26 de janeiro de 1857

 

            Caro filho em N.S.,

 

            Aproveito o envio que faço ao irmão Beauvais de uma resposta que  esperava de mim a respeito de seu irmão Paul, para dizer-lhe duas palavras de afeição e dar-lhe notícias minhas. A saída de nosso irmão Paillé me indica que vocês estão inquietos pelos mal-estares repetidos de minha saúde. Pareceram-me, com efeito, um indício de que meu mal havia piorado de modo bastante notável sob a influência do clima e da má estação, mas fora alguns acidentes que, há dois dias, não reapareceram, calafrios nervosos bastante penosos, ainda não vejo sinais de fim imediato. Meu peito está mais sufocado e mais doído, estou mais fraco, minhas digestões fazem-se penosamente, o apetite é quase nulo, mas, no entanto, ainda vou indo. Saio um pouco todos os dias, salvo quando o tempo está totalmente ruim. Acho que meu irmão Paillé, na sua chegada, vai se irritar comigo, não achando-me tão mal como ele acreditava; vou acalmá-lo da melhor forma possível. Ainda não pensava em pedir decididamente a vinda de alguém de vocês, mas talvez o Senhor, cujo olho penetra o futuro, julgou que chegara o momento. Se, de outro lado, eu for durar ainda um pouco, a viagem do irmão Paillé contribuirá para isso: ele poderá conversar franca e claramente com o médico que me pareceu preocupado pela gravidade de meu estado e que pareceu dizer-me somente a metade de seu pensamento. Nosso caro irmão também firmará meu espírito que o isolamento, a falta de atividade abateram e cansaram um pouco. Eis aí o que digo para mim mesmo, para me consolar do sacrifício que faz nossa querida família e sua pequena comunidade em particular. É aliás uma prova de dedicação a mais nos atos interiores da família, e isso faz tradição. Enfim, uma ação generosa e caridosa nunca resulta em detrimento, no serviço de Deus. Esse testemunho de afeição não pode acrescentar nada ao meu apego pela nossa querida Comunidade: vivo somente por ela e para ela; quando estou sofrendo, consolo-me, consagrando-lhe meus sofrimentos e, se morrer, oferecerei ainda por ela esse último sacrifício.

 

            Presumo muito que sua filial afeição por mim o teria levado a desejar vir para junto de mim no lugar do irmão Paillé; você acha certamente, de seu lado, que me teria sido muito suave receber seus cuidados, mas ele está mais ao par de minhas misérias de saúde, tem mais o costume das viagens, e enfim, se minha saúde se alterar inteiramente, terá também mais sangue-frio numa situação penosa.

 

            Se não estivesse acostumado a alternativas de melhor e de pior, eu me acharia hoje em melhor disposição; choveu, é sempre uma causa de alívio para mim, sinto-me tranqüilo e sem mal-estar bem sensível. Minhas noites são todavia bastante agitadas; esperemos em total abandono a vontade de Deus.

 

            Adeus, caríssimo filho; receberei com satisfação notícias de sua querida casa; não posso escrever hoje a meu padre Hello, diga-lhe que não perde nada por isso, quanto à intenção, nem meu irmão Jean[-Marie Tourniquet] que não esqueço diante de Deus.

 

                                               Le Prevost

 




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