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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 401 - 500 (1856 - 1857)
    • 467 - ao Sr. Halluin
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467 - ao Sr. Halluin

A formação religiosa dos jovens irmãos. O Sr. Le Prevost convida o Sr. Halluin a dar prova, para com seus jovens religiosos, de paciência, de afeição, de firmeza e de indulgência.

 

Vaugirard, 1o de maio de 1857

 

            Caríssimo Senhor padre e filho em N.S.,

 

            Mando-lhe de novo, de muito bom grado, o irmão Carment e espero que o retiro, nossas exortações e, sobretudo, a proteção da Santa Virgem da qual ele é o filho, torná-lo-ão mais flexível entre suas mãos. Sua boa vontade é sincera, tem para com você sentimentos de respeito e de apego, mas seus primeiros movimentos são tão mal dominados, que poderá certamente ainda dar-lhe alguns instantes de aflição. Tenho confiança, no entanto, de que serão raros e passageiros e não prejudicarão notavelmente a obra à qual ele deve suas afeições e seus cuidados. Não perco a esperança de que, com o tempo, ele dê a você uma assistência mais contínua e mais útil. O entrosamento de irmãos vindos de fora com o conjunto da obra teria sido difícil com todos os religiosos, quaisquer que fossem, mas ela é forçosamente bem mais lenta ainda com os defeitos do irmão Carment. esteja bem assegurado, caro Senhor padre, de que sinto vivamente as penas de sua posição e que somente a impossibilidade impede-me de dar-lhe um auxiliar mais eficaz. Talvez o bom Mestre nos proporcione, um pouco mais tarde, novos recursos. Esses duros trabalhos das fundações são, de resto, seu primeiro mérito aos olhos de Deus; provam e quebram seus servidores e os traz ao  grau de paciência e de abnegação em que seu amor os quer.

 

            O irmão Bassery volta para você quase completamente restabelecido, os primeiros dias lindos vão acabar de fortalecê-lo. É um excelente sujeito, manso, piedoso, de um caráter amável. Desejo muito que fique firme em sua vocação. Pode prestar verdadeiros serviços em nossas obras, e sua boa natureza o torna muito próprio a contribuir para a união das duas casas que habitou sucessivamente.

 

            O irmão Carment entregar-lhe-á 300f. É a quase totalidade de sua pequena mesada. Estou feliz por contribuir, por meio desse recurso, a diminuir um pouco os encargos da casa de Arras.

 

            Nosso retiro foi bom e edificante, não tão elevado, no entanto, que o último. O jovem irmão Brice tinha uma certa dificuldade para tirar proveito dos exercícios, embora eu tivesse designado um dos nossos Srs. mais avançados, para ajudá-lo um pouco. Ele chegou até o fim, acho, com um pouco de satisfação, bem explicável na idade dele. Pode bem ser a mesma coisa para o jovem Jules, embora me tenha assegurado não ter dificuldade para acompanhar as instruções.

 

            O Sr. de Lauriston vai, até agora, muito bem. Tenho boa confiança. Seu excelente coração e sua piedade serão, com a graça de Deus, seus apoios durante o tempo sempre um pouco duro do noviciado.

            Estamos reorganizando alguns exercícios que a Quaresma e os trabalhos multiplicados haviam obrigado os irmãos Myionnet e Lantiez a negligenciar temporariamente. Em particular, o curso de religião e a explicação quotidiana do regulamento. Muito desejaria também poder encarregar alguém dos irmãos mais antigos da conduta habitual dos jovens irmãos, para que fossem formados regularmente e com continuidade. É um grande negócio formar homens para a perfeição cristã, fazer deles verdadeiros religiosos, aptos a concorrer para a salvação do próximo. Reze, caro Senhor padre, para que cheguemos a esse resultado tão interessante para toda a nossa pequena família.

 

            Adeus, caríssimo Senhor padre; não escrevo hoje ao bom irmão Loquet, tendo um pouco de cansaço do retiro; agradeço-lhe sua boa carta e conto sempre com seu zelo e sua dedicação. Abraço toda a querida família de Arras, e todo particularmente aquele que a conduz.

 

            A você bem cordialmente em Jesus e Maria.

 

            Seu afeiçoado amigo e Pai

 

                                               Le Prevost

 

            Lamentamos a saída imprevista do Sr. Daviron. Acho que teria ficado bem satisfeito com o retiro, que estava mais à altura dos homens já um pouco adiantados do que dos iniciantes.

 

            O irmão Carment está avisado de que seu quarto foi usado para outra destinação. Peço-lhe, aliás, caro Senhor padre, para juntar com ele a firmeza à indulgência. Ele tem grande necessidade de sentir que você é o mestre. Ele não tem uma razão bastante firme e constante para caminhar, sem sentir a autoridade. O bom Deus inspirar-lhe-á a justa medida de caridade e de paciência e, ao mesmo tempo, de energia que é preciso guardar com ele.

 




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