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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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496 - ao Sr. CailleA invasão das atividades e a complicação das obras são escolhos permanentes. “Fazer obras sérias que vão ao fundo das coisas”. Não almejar o grande número, nem almejar agradar aos homens. A unidade é necessária para a vida de comunidade. Notícias dos irmãos.
Vaugirard, 25 de outubro de 1857
Caríssimo amigo e filho em N.S.,
A presença em Vaugirard do Sr. padre Deberly me determinou a adiar um pouco o envio desta carta, que ele se ofereceu para levar.
Você bem reconheceu comigo, meu bom amigo, como era desejável que seu internato não fosse ampliado; ter ao mesmo tempo um orfanato, uma casa considerável a administrar e um patronato de perto de 300 crianças, com a obra dos jovens operários, e só ter como ajudantes constantes seus dois irmãos, já é uma coisa muito difícil de fazer, ou, antes, é uma certeza de que a atenção e os cuidados repartidos sobre tantas coisas serão necessariamente insuficientes. Você mesmo observará que a multidão de seus cargos o impede de exercer sobre suas crianças a influência paterna e toda cheia de atenção, que você tinha outrora sobre elas. Quanto mais você estender seu círculo, tanto mais sua ação diminuirá. Se fizéssemos as obras para agradar aos homens, tenderíamos a reunir massas para a aparência e a satisfação dos olhos; mas trabalhamos para Deus, queremos unicamente ganhar-lhe almas, devemos, portanto, fazer obras sérias, que vão ao fundo das coisas. Persisto em pensar que, para este ano, você deve limitar-se ao número de crianças que você mesmo tinha julgado ser segundo a ordem e a verdadeira caridade. Longe de ter razão alguma de mudar de parecer, estou cada vez mais convicto de que fazer de outro modo seria tentar a Deus. Você pode facilmente responder que os cargos da obra não permitem aceitar mais crianças e que as disposições atuais dos locais não oferecem espaço, para receber um maior número. Seus leitos, com efeito, estando um pouco mais espaçados, o que seria melhor, não lhe restaria realmente espaço.
Que o irmão Marcaire encontre alguma consolação na presença de sua boa mãe me deixa satisfeito; convido bem a você, todavia, a não encorajar o prolongamento dessa estada além de um tempo razoável, como uns quinze dias, por exemplo; de outra maneira, a tentação viria de torná-la indefinida, o que é muito a evitar.
Lamento que o irmão Jules não tenha tomado o R. P. Aubert por confessor, como eu lhe tinha dito. A unidade é tão necessária em Comunidade, nela encontra-se tanta força e tanto apoio; conversarei sobre isso com o Sr. Mangot, quando ele passar de novo por Paris. Estou persuadido de que terá o mesmo parecer.
Já exortei nosso irmão Henry [Guillot] a ser bem conciliante, sem, porém, excluir a exatidão. É preciso pegar uma pequena medida de precisão e de indulgência que pode ser, às vezes, um pouco difícil a bem guardar, mas que é, no entanto, necessária para fazer o bem.
Agradeço-lhe pelo envio da nota e peço-lhe para reter-lhe o preço sobre a pensão do jovem Normandie, quando lhe for entregue. Acho que, daqui a pouco, vou lhe pedir 50 metros do mesmo pano, com a intenção de fazer um sobretudo uniforme para todos os irmãos, em vista dos exercícios da capela.
As ocupações do irmão Georges [de Lauriston], agora encarregado do patronato de Grenelle, não lhe deixando mais a possibilidade de enviar-lhe um extrato do jornal da casa, como ele tinha feito nestes últimos tempos, encarreguei desse cuidado o irmão Paillé, que poderá cumprir isso mais facilmente. Desejo muito que, de seu lado, você nos mantenha informados do movimento de sua pequena Comunidade e de suas obras; de outra forma, nossa ação cessaria de ter esse espírito de sincera e cordial união que nos é tão necessário.
Queria escrever uma palavra a seus irmãos, uma palavra também ao irmão Carment; falta-me o tempo para fazê-lo como quereria; coloco apenas uma linha de lembrança, com o risco de não poder terminá-la, já que o Sr. Deberly se apronta para sair.
Adeus, caríssimo amigo, abraço-o bem afetuosamente. Todos os nossos irmãos perguntam quando o verão.
Seu amigo e Pai em Jesus e Maria
Le Prevost
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