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Jean-Léon Le Prevost Cartas IntraText CT - Texto |
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541 - ao Sr. CailleDo papel dos capelães numa obra.
Vaugirard, 3 de junho de 1858
Meu excelente amigo e filho em N.S.,
Não respondi imediatamente à sua carta do dia 28 de maio, porque não tinha plenamente captado a causa dos embaraços que você experimentava em sua cara obra do patronato, em relação à posição que deve ser destinada ao capelão que lhe proporciona seus cuidados. Essa posição, parece-me, deve ser, no conjunto, a dos capelães em todas as Instituições às quais prestam seus serviços espirituais. Eles cuidam do culto na capela, determinam, combinando com os chefes dos estabelecimentos, a natureza e o número dos exercícios de piedade, fazem as instruções religiosas e confessam as crianças ou os membros que compõem as obras, operários ou outros. Não vejo bem, se encerram-se na esfera que lhes é própria, como os capelães poderiam encontrar dificuldades no cumprimento de suas funções. O Sr. Cacheleux, capelão de Louvencourt, o Sr. Mangot, antigo capelão do Sagrado Coração, e outros capelães, poderiam dizer-lhe precisamente qual parte lhes é dada nessas obras diversas e sua resposta poderia servir-lhe de base para determinar seus relacionamentos com o Sr. seu capelão.
Eu não poderia dar-lhe como indício bem seguro o que se faz em Vaugirard, em Nazareth e nas obras que servimos, porque nossos irmãos eclesiásticos estão nelas numa posição totalmente particular; membros conosco de uma família, seu interesse volta-se para tudo, porque tudo os interessa e os toca; não pretendem, longe disso, dominar nas coisas que concernem à administração e à conduta exterior das obras, mas, por dedicação e boa vontade de coração, levam até para esse campo seu socorro, se há necessidade, e se os que ficam particularmente encarregados disso o desejam. Mas essa ajuda é benévola; em princípio, sua parte é limitada ao espiritual da obra, o culto, se há em particular, as instruções, as confissões, os conselhos íntimos às crianças ou operários, enfim as pequenas congregações de piedade, quando existem. Repito, não vejo como pode haver conflito nesses termos, quando se quer manter-se nisso.
Quanto ao que diz respeito à sua pequena Comunidade, nem precisa falar; o Sr. Capelão, não fazendo parte de sua pequena família, não pode intervir em nada do que diz respeito à sua vida de comunidade. Não pode, também, assumir a chefia nem a conduta das coisas em sua ausência. É rodeado de respeito e de deferência, como um hóspede que honra a casa por sua presença, mas que não passa de hóspede e não é chefe de casa. Seus irmãos, em sua ausência, podem, somente eles, substitui-lo de direito e responder por você.
Não sei se esses dados gerais lhe bastarão. Se você tivesse pontos particulares que lhe causassem dificuldade, seria preciso colocá-los para mim expressamente. Eu tentaria solucioná-los, a partir de tudo o que vejo ao nosso redor. Se você achasse esse meio pouco cômodo e insuficiente e que lhe parecesse útil que um de nossos irmãos idosos ou eu o visitássemos, faríamos com que respondêssemos a seu desejo. Estamos um pouco embaraçados presentemente, o Sr. Carment estando em Amiens por causa da doença e do falecimento de seu pai, e o Sr. Myionnet estando acamado há vários dias, sem que ainda saibamos bem se sua indisposição terá más conseqüências; mas esperamos que este momento de apuros não vá durar e que um pouco mais de liberdade nos será devolvido
Aprovo plenamente o que você fez relativamente à carta tão insensata e tão indiscreta do Sr. Polvêche. Nosso irmão Marcaire é por demais razoável para não entender, na ocasião, o quanto as insinuações do Sr. Polvêche são mal inspiradas.
Adeus, meu bom amigo; vamos aqui como de costume; temos, desde o dia 19 de maio, um novo irmão com o qual estamos contentes até agora. Esperamos que se assente definitivamente entre nós. Parece particularmente próprio para as classes; o ocupamos nisso atualmente. As oficinas vão bastante bem, damos, como nossa parte, o trabalho, o Sr. Choyer continua sendo empresário; o preço de venda é partilhado igualmente entre ele e nós.
Seu devotado amigo e Pai
Le Prevost
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