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Jean-Léon Le Prevost
Cartas

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  • Cartas 501 - 600 (1857 - 1859)
    • 600 - ao Sr. Halluin
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600 - ao Sr. Halluin

O Sr. Le Prevost deixa para o Sr. Halluin o julgamento do caso de um jovem postulante. Notícias de Vaugirard e de Grenelle. Formar mestres é uma obra de paciência.

 

Vaugirard, 1o de março de 1859

 

Caro Senhor padre e filho em N.S.,

 

Nosso jovem Marchal nos dera satisfação até agora, mas, de vez em quando,  tinha algumas indisposições que lhe davam um pouco de inquietação. Logo que haviam passado, ele recuperava sua tranqüilidade e seu bom humor. Há alguns dias, seus mal-estares de saúde tendo-se repetido, parece todo desanimado e quereria, diz ele, retornar a seu país, onde nunca ficava doente. O médico não vê nada de inquietante no seu estado e acha que há muita imaginação e fraqueza de espírito em seu mal. Farei, para esse menino, o que você acreditar o melhor para ele. Ele pode nos ser um pouco útil, se mostrar, como o tinha feito até agora, boa vontade. Mas, se seu espírito se perturbar e embirrar, não poderemos fazer nada com ele. Eu esperava que essa disposição fosse toda passageira. Faz três dias que ele persiste em pedir para retornar à Bélgica, dizendo que ali  recuperará a saúde de que nunca gozou em Arras, não mais do que aqui. Ficarei-lhe grato, caro Senhor padre, por me dizer o que lhe parece dever ser feito a respeito desse menino. Se você julgasse, pelo conhecimento que tem de seu espírito, que se pode esperar uma volta a melhores disposições e que haveria motivo para temporizar, ficaria-lhe obrigado se você lhe escrevesse e o convidasse a esperar até o retiro, momento em que, talvez, alguém de sua casa virá e poderia sossegar um pouco sua razão fácil de abalar. Confio plenamente em sua sabedoria e seguirei o procedimento que  acreditar dever me aconselhar. Ele assegura que solta sangue pelo peito e às vezes nas urinas. O Sr. Lantiez diz que, se isso aconteceu, foi em conseqüência de cansaço contratado no jogo ao qual ele se entrega às vezes um pouco ardentemente, o que pode ocasionar-lhe inflamações. No conjunto, nos parece ser um bom menino, mas pouco firme em vontade e pouco forte em razão.

 

O irmão Joseph [Loquet] me pede para remeter-lhe a pequena nota anexa, em que lhe faz alguns pedidos, particularmente de sementes para o jardim. Ele lhe pediria para enviar logo, para não atrasar a semeadura. Você teria a bondade de pôr a nota na conta da casa de Vaugirard.

 

Esse bom irmão parece bastante sereno neste momento. Sem ser bem tenaz no trabalho, mostra bastante boa vontade. O movimento da comunidade o sustenta, de resto, e não estamos descontentes com ele. Georges parece também retomar um pouco de boa vontade, mas nunca se sabe muito o que ele é, por causa de sua pouca abertura e iniciativa. O resto vai bastante bem. Desejo vivamente, caro Senhor padre, que o Senhor o assista e lhe dê socorro para suas classes sobretudo. As nossas deixam a desejar igualmente, porque nossos sujeitos são jovens e a experiência é um grande ponto no ensino. Trabalhamos para formar mestres, mas é uma obra vagarosa que exige muita paciência.

 

Adeus, caro Senhor padre, pediremos muito ao bom São José, cujo mês começamos hoje, para proteger bem particularmente a você, a seus irmãos e a suas caras crianças.

 

Seu todo respeitoso e afeiçoado amigo e Pai em N.S.

 

                                   Le Prevost

 

P.S. Nossos irmãos vão bem em  Grenelle; o bom padre Leleu acostuma-se bem conosco. É, acho, união perfeitamente consumada.

 




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